Apenas 25 cidades respondem por 34% do PIB brasileiro, diz IBGE

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou nesta sexta-feira (19) que 25 municípios concentraram 34,2% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2023. Os dados constam da publicação “PIB dos Municípios 2022-2023”, elaborada em parceria com órgãos estaduais de estatística, secretarias de governo e a Suframa.

São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília permanecem nas três primeiras posições desde o início da série do PIB dos municípios, em 2002, embora sua fatia tenha diminuído gradualmente. “Esses centros lideram há mais de duas décadas, mas vêm cedendo espaço à medida que outras economias locais ganham força”, explicou o analista Luiz Antonio do Nascimento de Sá.

O levantamento revela ainda que 100 municípios concentraram 52,9% da riqueza gerada no país no ano passado. Do grupo de 25 maiores, fazem parte 11 capitais, nove cidades paulistas, quatro fluminenses e uma mineira.

Entre as capitais, a participação combinada no PIB brasileiro foi de 28,3%, enquanto as demais cidades responderam por 71,7%. O setor de serviços impulsionou principalmente os grandes centros urbanos. São Paulo registrou o maior ganho proporcional, avançando 0,4 ponto percentual e alcançando 9,7% de todo o PIB nacional. Brasília, Porto Alegre e Rio de Janeiro cresceram 0,1 ponto percentual cada, e Belo Horizonte manteve leve alta próxima desse patamar.

Por outro lado, 30 municípios perderam participação, sete deles ligados à extração de petróleo. Os cinco maiores recuos ocorreram em Maricá (RJ), Niterói (RJ), Saquarema (RJ), Ilhabela (SP) e Campos dos Goytacazes (RJ). O analista do IBGE observa que, apesar do contexto de menor demanda internacional, “novos campos iniciaram produção em 2023, beneficiando algumas localidades, mas não o suficiente para sustentar o peso relativo do setor no agregado nacional”.

Mesmo assim, a extração e o refino de petróleo garantiram as seis primeiras posições no ranking de PIB per capita. Saquarema liderou com R$ 722,4 mil por habitante. Entre as capitais, Brasília apresentou o maior valor, R$ 129,8 mil, mais que o dobro da média nacional de R$ 53,9 mil.

No extremo oposto, Manari (PE) teve o menor PIB per capita do país, R$ 7.201,70. Quatro dos cinco menores valores estão no Maranhão: Nina Rodrigues, Matões do Norte, Cajapió e São João Batista, todos abaixo de R$ 8,3 mil por morador.

O estudo reforça a concentração regional da produção econômica, destacando a diferença entre grandes centros urbanos, municípios petrolíferos e áreas de menor integração produtiva.

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