
Uma operação da Delegacia Especial de Atendimento à Pessoa da Terceira Idade (DEAPTI), em parceria com a Vigilância Sanitária e a Secretaria Municipal de Envelhecimento Saudável, resultou na interdição de um abrigo clandestino que abrigava 36 idosos em condições insalubres, em Santa Cruz, na zona oeste do Rio de Janeiro.
Durante a fiscalização, agentes encontraram idosos entre 60 e 90 anos em situação de vulnerabilidade, alguns com sinais visíveis de desnutrição e lesões físicas. Parte deles estava amarrada, sem mobilidade e apresentava quadro de fragilidade extrema. Ao menos seis pessoas precisaram ser removidas por ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e levadas para hospitais da rede municipal.
Local funcionava sem alvará e com equipe não qualificada
O abrigo, identificado como Lar Maria Lúcia, operava sem alvará e sem autorização da prefeitura. A equipe era formada por apenas dois funcionários, sem comprovação de qualificação técnica para o atendimento de idosos em regime de longa permanência.
Famílias também poderão responder criminalmente
De acordo com informações da DEAPTI, os familiares responsáveis pela internação dos idosos também poderão responder por abandono e exposição à situação de risco, já que muitos não mantinham contato ou realizavam visitas frequentes.
Mensalidades variavam entre R$ 1.200 e R$ 2.000
Mesmo com as condições precárias, os idosos internados no local pagavam mensalidades que chegavam a R$ 2 mil. Segundo a Vigilância Sanitária, o espaço apresentava irregularidades sanitárias e ausência de estrutura adequada para o cuidado dos residentes.
A responsável pelo espaço, Keline Santos Lima, de 38 anos, foi identificada pela polícia e está sendo procurada para prestar esclarecimentos. O caso segue sob investigação.
Faça um comentário