O Mercosul formalizará um acordo de livre comércio com a Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA) em 16 de setembro, no Rio de Janeiro. A assinatura ocorrerá durante a reunião de chanceleres do bloco sul-americano, presidida pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, já que o Brasil exerce a presidência temporária do Mercosul.
Em comunicado, o Itamaraty destacou que o objetivo é “diversificar as parcerias econômico-comerciais do Mercosul e modernizar os acordos regionais”, além de reforçar a união aduaneira. O texto também ressalta o apoio brasileiro ao processo de adesão plena da Bolívia.
As tratativas com a EFTA — que reúne Noruega, Suíça, Islândia e Liechtenstein — começaram em junho de 2017, em Buenos Aires. Ao todo, foram realizadas 14 rodadas de negociações até a conclusão, em julho deste ano.
Criada em 1960, a EFTA engloba cerca de 15 milhões de habitantes e soma Produto Interno Bruto de US$ 1,4 trilhão. No recorte per capita, Liechtenstein detém a segunda maior renda média global, estimada em US$ 186 mil, enquanto a Suíça ocupa a quarta posição, com US$ 104,5 mil. Noruega e Islândia também figuram entre as nações de maior renda média mundial.
Segundo o Ministério das Relações Exteriores, o novo tratado pretende ampliar o acesso de bens e serviços aos respectivos mercados, estabelecer regras claras para investimentos e estreitar cooperação em temas regulatórios. “A consolidação da união aduaneira e a diversificação de parcerias são essenciais em um cenário internacional instável”, afirma a nota da pasta.
Após a assinatura, o texto seguirá para análise e ratificação interna em cada país do Mercosul e da EFTA, etapa necessária para que o acordo entre em vigor.
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