Alerta de Apple Watch leva britânica a diagnóstico inesperado de tumor

A britânica Sam Adams, 57 anos, descobriu a presença de um tumor benigno no cérebro depois que alertas de frequência cardíaca emitidos pelo seu Apple Watch a fizeram procurar atendimento médico. O caso ocorreu entre 2020 e 2022, período em que a moradora de Brighton, no Reino Unido, enfrentava luto, divórcio e sinais de depressão. Embora a anomalia cardíaca detectada pelo relógio não estivesse diretamente ligada ao tumor, os avisos foram decisivos para que os exames revelassem a massa cerebral.

Divulgação: Redes

Alerta cardíaco persistente

De acordo com o relato de Sam ao jornal britânico The Sun, os primeiros avisos ocorreram em 2021, durante uma viagem de um mês à Costa Rica. O dispositivo indicava batimentos abaixo do padrão considerado normal. Apesar da mensagem constante, ela atribuiu o resultado a cansaço emocional e às sessões diárias de exercícios de respiração iniciadas como forma de lidar com o estresse.

No mesmo período, a britânica sofreu um impacto na cabeça ao esbarrar em um poste de metal enquanto procurava uma cafeteria. O trauma causou hematomas, mas não impediu que ela concluísse a viagem. Quando retornou ao Reino Unido, as dores de cabeça persistiram, acompanhadas de fadiga, sintomas que Sam vinculou inicialmente ao jet lag.

Medição de pressão e busca por ajuda

Duas semanas depois da chegada, a britânica fez uma medição de pressão arterial em uma farmácia. O resultado, encaminhado automaticamente ao seu clínico geral, motivou uma ligação do médico para que buscasse atendimento imediato e evitasse esforço físico. No dia seguinte, um eletrocardiograma confirmou batimentos irregulares, quadro conhecido como ectopia cardíaca. Embora esse tipo de arritmia seja considerado de baixo risco na maioria dos casos, novos exames foram solicitados para descartar complicações.

Tomografia revela tumor cerebral

Entre os procedimentos solicitados, estava uma tomografia computadorizada do crânio, justificativa direta do impacto sofrido na Costa Rica. O resultado apontou um tumor benigno localizado em área de difícil acesso cirúrgico. Por causa da posição da massa, os especialistas indicaram tratamento conservador com uso diário de aspirina e monitoramento mensal por imagem.

“Minha cabeça estava girando. Sentei no sofá e liguei para minha irmã”, relatou Sam, segundo o jornal britânico. Ela descreveu a descoberta como um choque adicional após a morte do pai, do cachorro e o fim do casamento em 2020.

Procedimento cardíaco complementar

Paralelamente ao acompanhamento neurológico, Sam passou em agosto de 2022 por um procedimento minimamente invasivo para corrigir a arritmia. O pós-operatório exigiu monitoramento contínuo da frequência cardíaca, medida facilitada pelo smartwatch que originalmente alertara para a irregularidade.

Sintomas comuns de tumor cerebral

Os médicos reforçaram que tumores cerebrais podem apresentar sinais parecidos com os de um acidente vascular cerebral. Os sintomas incluem:

  • Dor de cabeça persistente, sobretudo ao acordar ou deitar;
  • Náuseas e vômitos sem causa aparente;
  • Convulsões em pessoas sem histórico;
  • Alterações de visão, audição, fala ou equilíbrio;
  • Perda de memória e confusão mental;
  • Fraqueza em um lado do corpo.

Como esses sinais podem evoluir de forma gradual, médicos recomendam atenção a mudanças de comportamento ou à piora progressiva das dores de cabeça.

Nova rotina e apoio a outras pessoas

Com o tumor inoperável, Sam segue tratamento medicamentoso e exames mensais. Ela apelidou a massa de “Timmy” para lidar com o diagnóstico. “Ainda vivo com ele, mas estou bem. Sou grata pelo alerta do relógio antes que fosse tarde demais”, disse.

A experiência levou a britânica a se formar como coach de vida e facilitadora de exercícios de respiração, ofício que agora exerce para ajudar pessoas em situações de estresse. Segundo a própria Sam, as práticas de respiração foram determinantes para “reconectar-se ao corpo” e processar emoções após o período de perdas pessoais.

Tecnologia e saúde preventiva

Especialistas ressaltam que dispositivos vestíveis, como smartwatches, podem auxiliar na detecção precoce de algumas condições, mas não substituem avaliação médica. O uso de sensores de frequência cardíaca e monitoramento de atividades físicas oferece dados que, quando fora do padrão, devem ser apresentados a profissionais de saúde.

O caso de Sam destaca a importância de interpretar alertas tecnológicos com cautela e buscar confirmação clínica. Embora nem toda alteração cardíaca indique um problema grave, exames complementares podem revelar condições não relacionadas, como no diagnóstico acidental do tumor cerebral.

Atualmente, Sam mantém acompanhamento neurológico e cardíaco, sem previsão de intervenção cirúrgica. A expectativa dos médicos é controlar o crescimento da massa e prevenir complicações. Ao mesmo tempo, a britânica utiliza sua história para conscientizar sobre a atenção aos sinais do corpo e a importância da avaliação médica diante de alertas repetidos em dispositivos de monitoramento.

Entre 2020 e 2022, Sam enfrentou luto, divórcio, arritmia e a descoberta de um tumor cerebral. O alerta inicial de frequência cardíaca abaixo do ideal, emitido pelo Apple Watch, foi o ponto de partida para uma série de exames que resultou no diagnóstico e no início do tratamento, exemplificando como a tecnologia pode contribuir para a saúde preventiva.

CURTA NOSSA PÁGINA NO FACEBOOK!

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será divulgado.


*