Anielle cobra estados para tirar propostas da Conapir do papel

A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, pediu que governadores e prefeitos participem ativamente da implementação das cerca de 500 propostas aprovadas na 5ª Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Conapir). O apelo foi feito nesta terça-feira (23) durante o programa de rádio “Bom Dia, Ministra”, produzido pela Empresa Brasil de Comunicação.

Segundo Anielle, o Ministério da Igualdade Racial depende do engajamento de estados e municípios para transformar as deliberações da Conapir em políticas públicas concretas. “Para que a política chegue na ponta, precisamos dos governadores e dos prefeitos”, afirmou. A ministra citou experiências dos três últimos anos na pasta, quando divergências políticas locais teriam causado atrasos na execução de projetos financiados pelo governo federal.

A conferência, encerrada na sexta-feira (19) em Brasília, reuniu cerca de duas mil pessoas, entre 1,7 mil delegados eleitos, 200 convidados e 50 observadores. Ao fim dos debates, os participantes aprovaram um documento com diretrizes para promover igualdade racial, reparação histórica e justiça em todo o país. As recomendações compõem agora a base de trabalho do ministério para os próximos anos.

A proximidade do calendário eleitoral de 2026 foi apontada pela ministra como fator que pode dificultar a execução das ações discutidas. “Este será um ano desafiador, de disputa de mentes, corações e narrativas”, disse, ressaltando que políticas de igualdade racial devem ser tratadas como políticas de Estado, e não apenas de governo. Para ela, a continuidade dos programas não pode ficar sujeita à alternância partidária.

O documento final da Conapir traz orientações para aperfeiçoar iniciativas de democracia, reparação e promoção da igualdade racial em escala nacional. Entre os temas debatidos estão financiamento, monitoramento de resultados e articulação entre entes federativos.

Com a cobrança pública, Anielle espera firmar parcerias que destravem o repasse de recursos e acelerem a execução das propostas. A ministra reforçou que a Conferência Nacional da Igualdade Racial gerou um consenso técnico que, segundo ela, “não pode ficar apenas no papel”.

CURTA NOSSA PÁGINA NO FACEBOOK!

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será divulgado.


*