
A Motiva, antiga CCR, informou a venda de toda a sua operação de concessões aeroportuárias para a Aeropuerto de Cancún, subsidiária do Grupo Aeroportuario del Sureste (ASUR), por R$ 11,5 bilhões. O acordo, anunciado nesta quarta-feira (19), envolve R$ 5 bilhões em patrimônio líquido pelas participações acionárias da companhia nos ativos e R$ 6,5 bilhões em dívidas líquidas associadas à CPC Holding, que concentra as cotas de 20 aeroportos sob concessão.
O portfólio negociado inclui 17 terminais no Brasil – entre eles Curitiba (PR), Belo Horizonte (MG) e Goiânia (GO) – e três em outros países da América Latina. Juntos, esses aeroportos movimentam cerca de 45 milhões de passageiros por ano e atendem a mais de 200 rotas regulares.
De acordo com a Motiva, mais de 20 grupos da Europa, América Latina e Ásia demonstraram interesse pelo negócio, considerado pela empresa “a maior transação aeroportuária em curso no mundo” no momento do processo competitivo.
A conclusão da operação depende da aprovação do poder concedente e dos órgãos de defesa da concorrência. A expectativa é de que o processo seja finalizado em 2026. Até lá, a Motiva permanecerá responsável pelos aeroportos, preservando o quadro de funcionários e executando os investimentos previstos.
“Até o fechamento, a Motiva seguirá tocando a operação, mantendo o quadro atual de colaboradores e assegurando o cumprimento integral dos contratos vigentes e investimentos previstos”, comunicou a companhia.
Para a ASUR, a aquisição amplia significativamente sua presença no mercado de infraestrutura aeroportuária sul-americano e complementa seu portfólio, que já inclui o Aeroporto Internacional de Cancún e outros terminais no México, Porto Rico e Colômbia.
O acordo reforça o movimento de consolidação no setor de infraestrutura aeroportuária no Brasil, onde concessões de grande porte vêm atraindo investidores internacionais interessados na expansão do tráfego aéreo regional e na modernização de terminais.

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