Blake Lively entrou com uma ação judicial de alto valor contra Justin Baldoni, ator e diretor de “É Assim que Acaba”, ampliando o litígio iniciado em dezembro passado. A atriz pede indenização milionária por despesas legais e pelos danos econômico-emocionais supostamente sofridos após ter sido processada por Baldoni por difamação.
O conflito começou quando Lively acusou Baldoni de assédio sexual em diferentes momentos das filmagens do longa. O diretor reagiu movendo um processo de difamação no valor de US$ 400 milhões. Em junho, o juiz federal Lewis Liman rejeitou essa ação, dando um revés inicial a Baldoni e marcando o julgamento das alegações de assédio para março de 2026.
No novo processo, registrado na segunda-feira (8), os advogados de Lively baseiam-se na Lei de Proteção de Sobreviventes Contra Processos de Difamação Armados, em vigor na Califórnia desde 2023. A norma, considerada um desdobramento do movimento #MeToo, garante imunidade a pessoas que apresentem queixas de assédio sexual “sem saber que são falsas”. Segundo a defesa, o caso de Lively se enquadra exatamente nesses parâmetros.
“A lei foi criada para impedir que vítimas sejam silenciadas por ações intimidatórias”, declararam os representantes da atriz no documento entregue ao tribunal. Eles solicitam ainda uma audiência adicional, caso necessário, para definir o montante exato da indenização.
Os advogados de Baldoni sustentam que a legislação não se aplica e afirmam que, para avaliá-la, o magistrado precisaria suspender processos em andamento, o que, na visão deles, prejudicaria o direito das partes de apresentar argumentos de boa-fé garantido pela Primeira Emenda.
Até o momento, o juiz Liman não se pronunciou sobre a pertinência da lei no caso. Enquanto isso, as duas ações seguem tramitando paralelamente, com audiência principal prevista para 2026.
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