
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento de R$ 1,09 bilhão à Embraer para apoiar a produção de aeronaves comerciais destinadas ao mercado externo. O recurso faz parte da linha Exim Pré-embarque, voltada a exportadores, que combina custo financeiro, taxa do banco e remuneração pelo risco de crédito.
Com o empréstimo, a fabricante pretende cumprir o cronograma de entregas já contratado com clientes em diversos países. Líder mundial no segmento de jatos de até 150 assentos, a empresa projeta encerrar 2025 com a remessa de 77 a 85 aeronaves comerciais, acima das 73 enviadas em 2024 e das 64 de 2023. Considerando também os modelos de defesa e segurança, foram 206 unidades entregues em 2024 e 181 no ano anterior.
O presidente da Embraer, Francisco Gomes Neto, afirma que a carteira de pedidos atinge nível histórico. “Estamos investindo para ampliar a capacidade de produção e acelerar as entregas; o financiamento do BNDES é essencial nesse processo”, declarou em nota distribuída pelo banco de fomento.
A autoridade máxima do BNDES, Aloizio Mercadante, destacou a importância estratégica do setor aeronáutico para o país. “O Brasil integra um grupo restrito capaz de projetar, fabricar e exportar aeronaves civis, executivas, militares e agrícolas, gerando empregos qualificados e inovação tecnológica”, disse o executivo.
Desde 1997, o banco estatal já aportou aproximadamente US$ 26,3 bilhões na exportação de aviões comerciais da Embraer, viabilizando a produção de cerca de 1.350 jatos. O BNDES responde ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
A Embraer emprega 23,5 mil pessoas em todo o mundo, sendo 18 mil no Brasil, principalmente na sede de São José dos Campos (SP). Há equipes também em Sorocaba, Botucatu e Gavião Peixoto, além de centros de engenharia em Florianópolis e Belo Horizonte. No exterior, a companhia mantém unidades fabris nos Estados Unidos e em Portugal. A maior parcela das receitas vem de exportações de aeronaves.
Com o novo crédito, a fabricante reforça o fluxo de caixa destinado à compra de componentes e à montagem de jatos, etapa essencial para atender à demanda global e sustentar a expansão das exportações brasileiras de produtos de alto valor agregado.

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