
O ex-presidente Jair Bolsonaro foi encaminhado ao Hospital DF Star, em Brasília, na tarde desta terça-feira (16), depois de sentir-se mal em sua residência, onde cumpre prisão domiciliar. A escolta de policiais penais responsável pelo monitoramento do imóvel realizou o traslado.
Pelo X (antigo Twitter), o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) informou que o pai apresentou “crise forte de soluço, vômito e pressão baixa”. Segundo ele, o mal-estar começou ainda pela manhã, e a equipe médica optou pela avaliação hospitalar.
Bolsonaro está em regime de prisão domiciliar desde 4 de agosto, por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A determinação autoriza saídas apenas em situações de emergência médica, condicionadas ao envio de laudo ao STF em até 24 horas.
No domingo anterior, o ex-presidente passou por procedimento dermatológico e exames de rotina que identificaram quadro de anemia, conforme boletim emitido pelo mesmo hospital. Não foram divulgados detalhes sobre possíveis vínculos entre o resultado desses exames e o episódio desta terça-feira.
A medida cautelar que mantém Bolsonaro em casa integra o inquérito que apura suposta atuação dele e do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) junto ao ex-governo dos Estados Unidos, de Donald Trump, para pressionar autoridades brasileiras e ministros do STF com eventuais restrições de vistos baseadas na Lei Magnitsky.
Na semana passada, a Primeira Turma do STF condenou Bolsonaro e outros sete réus, por quatro votos a um, na ação penal que investigou a trama golpista de 8 de janeiro de 2023. As acusações incluem organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
Até o fechamento desta edição, o Hospital DF Star não havia divulgado novo boletim sobre o estado de saúde do ex-presidente. A defesa de Bolsonaro informou que o relatório médico será encaminhado ao STF dentro do prazo estipulado.
O caso prossegue sob acompanhamento do Supremo e das autoridades responsáveis pela execução da prisão domiciliar.
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