A Polícia Federal marcará para a próxima quarta-feira, 17 de abril, uma perícia médica no ex-presidente Jair Bolsonaro. O exame ocorrerá no Instituto Nacional de Criminalística, em Brasília, seguindo determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
Moraes definiu que o resultado da avaliação clínica será decisivo para avaliar se Bolsonaro poderá deixar a prisão temporariamente para realizar a cirurgia recomendada por seus médicos particulares. O procedimento indicado trata de uma hérnia inguinal, confirmada por ultrassonografia portátil feita no domingo, 14, dentro da Superintendência da PF. O laudo do ultrassom também foi requisitado pelo ministro e deverá ser analisado pelos peritos federais.
O ex-presidente cumpre pena de 27 anos e três meses por condenação no processo referente à chamada “trama golpista” e permanece em uma sala especial na sede da PF em Brasília. Caso o laudo desta nova perícia médica confirme a necessidade de intervenção cirúrgica imediata, Moraes poderá autorizar a transferência hospitalar com escolta policial.
A decisão que autorizou o exame também determinou que todos os documentos médicos já produzidos sobre o estado de saúde de Bolsonaro sejam encaminhados à Polícia Federal. Caberá ao Instituto Nacional de Criminalística emitir parecer técnico conclusivo sobre a gravidade da condição e a urgência do tratamento.
Até a entrega do laudo, Bolsonaro segue sob custódia na capital federal. Não há prazo estabelecido pelo STF para a divulgação do resultado nem para um eventual despacho sobre a saída hospitalar.
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