Brasileiros resgatam R$ 310 milhões em valores esquecidos em bancos

Brasileiros resgatam R$ 310 milhões em valores esquecidos em bancos, representados por uma pilha de notas de 100 reais sendo retiradas de um caixa eletrônico.
Foto: Banco de Imagem

O Banco Central (BC) informou nesta terça-feira (9) que os correntistas retiraram R$ 310,36 milhões em julho por meio do Sistema de Valores a Receber (SVR), ferramenta que permite consultar e resgatar recursos esquecidos em bancos, cooperativas, financeiras, corretoras e consórcios. Desde a criação do serviço, já foram devolvidos R$ 11,34 bilhões; outros R$ 10,70 bilhões permanecem disponíveis para saque.

Para confirmar a existência de créditos, basta acessar o site do SVR e inserir CPF e data de nascimento ou CNPJ e data de abertura da empresa, procedimento que dispensa login. A etapa seguinte, de solicitação de resgate, exige conta Gov.br com nível prata ou ouro e verificação em duas etapas habilitada.

Como funciona o resgate

O cidadão pode optar por solicitar o pagamento diretamente à instituição detentora dos valores ou concluir o processo dentro do próprio sistema. Desde maio, há a possibilidade de solicitação automática — disponível apenas para pessoas físicas com chave Pix CPF registrada. Quando ativada, qualquer quantia liberada é creditada na conta vinculada sem necessidade de nova consulta.

Quem já sacou e quem ainda falta

Até o fim de julho, 32,39 milhões de correntistas retiraram algum montante: 29,39 milhões de pessoas físicas e 2,99 milhões de empresas. Ainda assim, 52,65 milhões de beneficiários não buscaram seus recursos, dos quais 48,05 milhões são indivíduos e 4,60 milhões pessoas jurídicas.

A maioria tem direito a pequenas quantias. Dados do BC mostram que 64,49 % dos beneficiários possuem valores de até R$ 10; outros 23,89 % têm entre R$ 10,01 e R$ 100. Montantes de R$ 100,01 a R$ 1 000 representam 9,82 % dos casos, enquanto apenas 1,8 % podem receber acima de R$ 1 000.

Tipos de recursos recuperáveis

Entre as origens dos créditos estão saldos em contas-correntes ou poupanças encerradas, tarifas ou parcelas de empréstimos cobradas indevidamente, cotas de capital de cooperativas de crédito, sobras de consórcios finalizados e contas de pagamento ou de registro inativas mantidas por corretoras e distribuidoras.

Atenção a golpes

O Banco Central reforça que não envia links nem solicita dados pessoais para liberação dos recursos. “Todos os serviços do SVR são gratuitos”, ressalta nota da autoridade monetária. Apenas a instituição financeira listada na consulta pode contatar o cidadão, e nenhuma senha deve ser compartilhada em hipótese alguma.

Com a manutenção do serviço e a nova funcionalidade de crédito automático, o BC espera reduzir o volume de valores não reclamados, aproximando os R$ 10,70 bilhões ainda disponíveis dos titulares legítimos.

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