
Artistas de diferentes gerações se reúnem neste domingo, 14 de dezembro, na praia de Copacabana, zona sul do Rio de Janeiro, para o “Ato Musical 2: o Retorno”, mobilização convocada pelo cantor e compositor Caetano Veloso. O objetivo, segundo os organizadores, é pressionar o Congresso Nacional após a aprovação do Projeto de Lei da Dosimetria, que reduz penas de condenados pelos atos de 8 de Janeiro.
Em vídeo divulgado nas redes sociais, Veloso afirma que a manifestação pretende “devolver o Congresso para o povo” e critica a pauta legislativa recente. “Essa lista para mim é muito importante porque ela realmente se refere a tudo que apareceu como escandalosamente problemático na atitude do Congresso, da Câmara dos Deputados”, disse o artista. Entre as reivindicações estão a investigação das chamadas emendas Pix, mais transparência no caso Master e respeito ao decoro no Supremo Tribunal Federal.
O ato marca a segunda grande mobilização liderada por Caetano em 2025. A primeira, realizada em setembro, contestou a PEC da Blindagem e a tentativa de anistia a condenados por participação em um plano golpista. Desta vez, o evento contará com apresentações de Gilberto Gil e Paulinho da Viola, além de participações esperadas de Duda Beat, Emicida, Fernanda Abreu, Baco Exu do Blues, Xamã, Lenine e Tony Bellotto.
Além do Rio de Janeiro, atos semelhantes estão programados para Belo Horizonte, Curitiba, Belém, Recife, Porto Velho, Rio Branco, Goiânia e Brasília. Em São Paulo, a concentração ocorrerá em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista, a partir das 14 h. As manifestações são articuladas por artistas, parlamentares e influenciadores alinhados à esquerda.
Veloso, conhecido apoiador de Ciro Gomes, declarou ter iniciado o movimento para “desidratar” a corrida presidencial do pedetista, concentrando esforços na pressão popular sobre o Legislativo. “Rio de Janeiro nas ruas. Vamos devolver o Congresso para o povo”, concluiu o cantor em sua mensagem de convocação.

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