
O quinto episódio de It: Bem-Vindos a Derry, exibido nesta semana, apresentou a cena mais enigmática da temporada: Dick Hallorann é levado a abrir uma “caixa” dentro de sua mente durante um confronto com Pennywise. O momento estabelece um elo direto com Doutor Sono, outra adaptação de Stephen King, ao revelar que o objeto é, na verdade, um lockbox, recurso psíquico já conhecido pelos leitores.
Na sequência, Pennywise induz Hallorann a reviver um trauma de infância. Preso à lembrança, o cozinheiro sensitivo volta à casa dos avós, onde a avó implora para que ele não mexa na caixa. A série não mostra o conteúdo, mas sugere que algo maligno permaneceu ali por anos.
A referência ao lockbox liga a produção à mitologia apresentada em Doutor Sono. No romance, Dan Torrance utiliza compartimentos mentais para encarcerar fantasmas do hotel Overlook. A revelação de que Hallorann domina a mesma técnica indica que, ainda criança, ele começou a armazenar entidades perigosas em sua mente para protegê-las — e proteger-se.
O problema surge quando Pennywise rompe essa barreira psíquica. Ao forçar a abertura da caixa, o antagonista não apenas fortalece seus próprios poderes, mas também liberta espíritos que deveriam permanecer contidos. A aparição subsequente de Pauly, com os olhos completamente brancos, sugere que a fronteira entre vivos e mortos foi parcialmente aberta.

Com isso, It: Bem-Vindos a Derry amplia a ameaça além das crianças da cidade. Pennywise agora tem acesso a memórias e horrores guardados por Hallorann, transformando a antiga metáfora do baú mental em risco concreto para todos. A sequência indica que forças aprisionadas podem ganhar liberdade nos próximos capítulos, elevando a tensão da série.
Ao integrar o conceito de lockbox, a produção reafirma o universo compartilhado das obras de Stephen King e oferece novos caminhos narrativos para o terror psicológico que caracteriza tanto Doutor Sono quanto a saga de Pennywise.
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