
A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados decidiu, na quinta-feira (18), por maioria de votos, cassar os mandatos dos deputados federais Alexandre Ramagem e Eduardo Bolsonaro. A medida foi tomada em um contexto de crescente tensão política e repercussões nas redes sociais.
Reações dos Deputados
Eduardo Bolsonaro, atualmente em autoexílio nos Estados Unidos, se manifestou por meio de suas redes sociais. Ele agradeceu aos eleitores que o elegeram como o deputado federal mais votado e declarou que, apesar da cassação, “valeu a pena”.
Em sua postagem, Eduardo expressou sua indignação com a decisão, afirmando: “Acabaram de cassar o nosso mandato. Valeu a pena?” A mensagem foi acompanhada de um vídeo que retrata sua posição sobre a situação.
Comentários de Líderes Partidários
Sóstenes Cavalcante, líder do PL, também se pronunciou nas redes sociais, chamando a cassação de “decisão política”. Ele criticou a ação da Mesa Diretora, afirmando que a medida retira do plenário o direito de deliberar e transforma a Mesa em um instrumento de validação de pressões externas.
O deputado Rogério Correia (PT-MG) celebrou a cassação em um vídeo publicado na plataforma ‘X’, referindo-se a Ramagem e Eduardo Bolsonaro como “fujões e golpistas”. Ele destacou que essa é a terceira cassação, incluindo a de Carla Zambelli, e parabenizou o deputado Carlos Veras, 1º secretário e relator do processo.
Perspectivas e Críticas
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), irmão de Eduardo, também se manifestou sobre a decisão. Ele considerou a cassação um “erro” e uma forma de perseguição política. Em sua postagem, Flávio questionou os critérios utilizados para a perda de mandato e comparou a situação a casos excepcionais, defendendo que os deputados não estão fora do Brasil por vontade própria, mas sim devido a um “sistema persecutório”.
Contexto Político
A cassação dos mandatos de Ramagem e Eduardo Bolsonaro ocorre em um cenário de polarização política no Brasil. A decisão da Mesa Diretora reflete as tensões entre diferentes grupos políticos e a crescente pressão sobre os parlamentares que se encontram fora do país.
A situação levanta questões sobre a legitimidade das decisões tomadas pela Mesa e o impacto que isso pode ter nas próximas eleições e na dinâmica política do país.

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