CPMI dos descontos no INSS ouvirá ‘Careca’ na próxima quinta

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que apura descontos irregulares em benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) marcou para a próxima quinta-feira, 25 de setembro, o depoimento de Antônio Carlos Camilo Antunes, o Careca do INSS. A confirmação partiu do presidente do colegiado, senador Carlos Viana (Podemos-MG), nesta segunda-feira (22).

“Está confirmada a presença dele na quinta-feira, e espero, com sinceridade, que seja cumprido o trato que foi feito”, afirmou Viana após conversar com os advogados de Antunes.

O depoimento de Careca do INSS deveria ter ocorrido em 15 de setembro, mas foi adiado depois de decisão do ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), que permitiu ao investigado escolher se compareceria ou não à CPMI. A defesa optou por não levá-lo naquela data.

Oitiva de possível sócio também marca a semana

Nesta segunda, os parlamentares ouviram o empresário Rubens Oliveira Costa, citado como suposto sócio de Antunes. Convocado como testemunha, Costa se amparou em habeas corpus concedido pelo ministro Luiz Fux, que lhe garantiu o direito de permanecer em silêncio para não produzir provas contra si e manteve a impossibilidade de prisão caso optasse por não responder a perguntas.

Antes do início das perguntas, Oliveira Costa leu um comunicado no qual relatou ter deixado, no início de 2024, a diretoria financeira de empresas ligadas a Antunes, entre elas a Vênus Consultoria. Ele declarou não ter conhecimento de inquéritos quando se desligou das funções e negou qualquer participação em pagamentos de propina ou sociedade com o chamado Careca do INSS.

“Jamais fui sócio de qualquer negócio ao lado de Antônio Camilo. Atuei apenas como administrador financeiro em quatro empresas e nada além disso”, registrou o depoente.

A CPMI investiga esquema que teria desviado valores de aposentados e pensionistas por meio de descontos não autorizados em folha de pagamento. O depoimento de Antunes é considerado central para elucidar a estrutura das empresas envolvidas e a eventual rede de colaboradores.

Até o momento, a comissão já ouviu ex-funcionários, representantes de instituições financeiras e especialistas em previdência. Ao final dos trabalhos, será elaborado relatório com recomendações ao Ministério Público e aos órgãos de fiscalização.

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