
Mais de R$ 15,7 bilhões em contratos antigos de empréstimo consignado já foram transferidos para a plataforma Crédito do Trabalhador, acessível pelo aplicativo da Carteira de Trabalho Digital. O volume corresponde às operações migradas até a última terça-feira (16), informou o secretário de Políticas de Proteção ao Trabalhador, Carlos Augusto Simões Gonçalves.
De acordo com o secretário, a meta é que cerca de R$ 40 bilhões em contratos sejam incorporados ao novo sistema até outubro. A migração poderá ser feita até novembro, quando o modelo de convênios diretos entre empresas e bancos para desconto em folha será extinto.
Menor custo para o trabalhador
Enquanto a taxa média de juros dos empréstimos pessoais permanece próxima de 11% ao mês, o Crédito do Trabalhador registra média de 3,42% mensais. “Nosso objetivo é ampliar o acesso a taxas mais baixas para quem recebe salário pelo regime CLT”, afirmou Gonçalves. Atualmente, 122 instituições financeiras estão habilitadas; 64 já operam na nova linha.
Etapas da contratação
Pelo aplicativo Carteira de Trabalho Digital, o empregado autoriza o compartilhamento de dados como CPF, tempo de empresa e margem consignável. Em até 24 horas, os bancos enviam propostas, o trabalhador escolhe a oferta com melhores condições e as parcelas passam a ser descontadas diretamente na folha, respeitando o limite de 35% da renda mensal.
Portabilidade facilitada
Quem já possui um consignado pode solicitar a portabilidade para a nova modalidade. O processo começa com a confirmação de que a instituição de destino oferece o Crédito do Trabalhador. O pedido é feito pelos canais digitais do banco e, a partir de 21 de agosto, também no próprio aplicativo da carteira digital, com migração gradual até novembro. A nova instituição quita o saldo devedor e assume o crédito, mantendo os prazos e aplicando a taxa negociada.

Responsável pela infraestrutura
A estatal Dataprev foi contratada pelo Ministério do Trabalho e Emprego para desenvolver e operar a plataforma que integra as informações trabalhistas e financeiras, garantindo a transferência dos contratos para o ambiente digital.
Segundo Gonçalves, “o sistema traz transparência e aumenta a concorrência, beneficiando o trabalhador com juros menores”.
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