As tempestades acompanhadas de vendavais que atingiram o estado de São Paulo na segunda-feira (22) provocaram pelo menos 33 ocorrências registradas pela Defesa Civil. O balanço aponta 24 pessoas feridas, oito desabrigadas e 33 desalojadas em diferentes regiões paulistas.
Entre os casos mais graves está o destelhamento da fábrica da Toyota, em Porto Feliz, onde dez funcionários foram feridos e oito pessoas precisaram deixar suas casas. Em nota, a montadora informou que as operações da unidade estão suspensas e que “todo o suporte necessário está sendo oferecido aos colaboradores e parceiros”. A companhia acrescentou que prepara um relatório para dimensionar os danos e ainda não definiu data para retomar a produção.
A forte chuva causou alagamentos, quedas de árvores e desabamentos em diversos municípios. Rancharia, Ourinhos, Santa Fé do Sul, Presidente Prudente e Presidente Venceslau relataram vendavais e destelhamentos. Em Dracena, uma árvore tombou sobre um veículo e deixou duas vítimas feridas. Já em Osasco, o colapso do telhado de três residências desalojou três famílias.
Outros prejuízos significativos foram relatados em Nova Odessa, Guarulhos, Bariri, Jaú, Peruíbe, Marília, João Ramalho, Sorocaba, Santos, Praia Grande, São José dos Campos e Franco da Rocha. A maioria desses municípios registrou queda de árvores, desmoronamentos parciais e telhados arrancados pela força do vento.
Na capital, a Prefeitura disse coordenar, desde terça-feira (23), ações de zeladoria para remoção de 41 árvores que caíram com a ventania. Outras 19 ainda aguardam o desligamento da rede elétrica para que os trabalhos possam prosseguir com segurança.
O Gabinete de Crise das Chuvas (GCC) comunicou que uma massa de ar frio de origem polar avança sobre o estado, derrubando as temperaturas. A previsão, porém, é de apenas garoa, sem novos episódios de chuva intensa no curto prazo. Com a estabilização do cenário, a Defesa Civil desativou o gabinete emergencial, mas afirma que segue monitorando as áreas afetadas e prestando apoio aos municípios.
Segundo o coordenador estadual da Defesa Civil, “o número de feridos poderia ter sido maior se não houvesse resposta rápida às primeiras ocorrências”. Ele reforçou que as equipes continuam em campo para avaliar estruturas comprometidas e orientar moradores sobre locais seguros.
Enquanto isso, a Toyota mantém contato com autoridades locais para garantir a segurança do entorno da planta de Porto Feliz. “Ainda não há previsão para a retomada das atividades”, destacou a empresa, que deve rever o cronograma de produção a partir dos resultados do laudo técnico em elaboração.
A Defesa Civil recomenda que a população permaneça atenta a sinais de instabilidade em telhados, muros e árvores, e acione o telefone 199 em casos de emergência.
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