
O ministro do Turismo, Celso Sabino, afirmou que a realização da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), encerrada em Belém, estabeleceu um novo patamar para o turismo brasileiro. De acordo com o titular da pasta, o fórum atraiu mais de 60 mil visitantes à capital paraense e ampliou a visibilidade internacional da cidade, apresentada como “porta de entrada da Amazônia”.
Sabino destacou que a exposição global obtida durante o evento coincide com a crescente demanda por ecoturismo, turismo de aventura e experiências ligadas à sustentabilidade. “Hoje o mundo todo sabe que existe uma cidade chamada Belém”, disse o ministro, atribuindo o interesse do público estrangeiro à promoção focada nesses segmentos.
Segundo o ministério, investimentos conjuntos de governos e iniciativa privada resultaram em melhorias logísticas e na expansão da infraestrutura local. Belém conta agora com rede hoteleira reforçada, terminal aeroportuário ampliado, estrutura portuária modernizada e novos espaços de convivência. O setor gastronômico também foi fortalecido, em sintonia com o título de Cidade Criativa da Gastronomia concedido pela Unesco.
Questionado sobre o incêndio ocorrido em um dos pavilhões nos últimos dias da conferência, Sabino declarou que o incidente não prejudicou a imagem da cidade nem a avaliação do evento. Ele explicou que materiais antichamas compunham forro, cobertura e piso do espaço e que o sistema de contingência “funcionou de forma muito eficiente”. A principal hipótese, segundo o ministro, é o uso não autorizado de um micro-ondas no local. A Polícia Federal informou que as causas só serão divulgadas após a conclusão do laudo pericial.
O titular do Turismo relacionou os resultados da COP30 a políticas iniciadas em 2023, como o Plano Nacional de Desenvolvimento do Turismo. Ele ressaltou que 2024 poderá registrar 10 milhões de visitantes estrangeiros, superando o patamar histórico de 5 a 6 milhões anuais. “Nem na Copa do Mundo nem na Olimpíada alcançamos os números que tivemos no ano passado”, afirmou.
Com a conferência climática e os investimentos em infraestrutura, o governo avalia que Belém se consolida como destino estratégico para impulsionar o turismo no Brasil e na Amazônia.

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