Crença no Papai Noel impulsiona habilidades socioemocionais na infância

Crença no Papai Noel impulsiona habilidades socioemocionais na infância, ilustrado por uma criança sorridente conversando com o Papai Noel perto de uma árvore de Natal decorada.

Com a proximidade do Natal, muitos responsáveis se perguntam em que momento revelar às crianças que o Papai Noel é fruto da imaginação coletiva. Especialistas em educação afirmam que, antes de esclarecer a dúvida, é importante reconhecer o papel da fantasia no desenvolvimento infantil.

Pesquisas divulgadas nas revistas Aracê e Tevista Tópicos indicam que o contato com histórias imaginárias, fábulas e personagens fantásticos fortalece linguagem, cognição e habilidades sociais. Segundo os estudos, narrativas simbólicas exercitam a capacidade de projetar ideias, organizar emoções e compreender diferentes perspectivas.

Para Andréa Piloto, diretora pedagógica da Escola Vereda, a figura do bom velhinho “ajuda a criança a lidar com dilemas internos e a construir lógica própria sobre o mundo”. A educadora observa que elaborar cartas, criar teorias sobre como os presentes chegam e esperar a data estimulam autonomia, criatividade e pensamento crítico.

O período natalino também oferece oportunidade para reforçar valores como paciência, generosidade e respeito. Ao associar o personagem a comportamentos positivos, adultos podem criar um ambiente de segurança afetiva que favorece a organização emocional durante uma fase repleta de descobertas sociais.

Contudo, o uso inadequado da fantasia pode ter efeito contrário. Mateus Lopes, diretor pedagógico da unidade Santo André da mesma instituição, adverte que ameaçar a criança com a perda de presentes para controlar atitudes “gera insegurança e confusão emocional”. De acordo com ele, a definição de limites deve ocorrer por meio de consequências reais, não pela suposta intervenção de Papai Noel.

Quanto ao encerramento da crença, educadores relatam que, por volta dos oito anos, a própria criança costuma questionar a existência do personagem. Nesse momento, a recomendação é não mentir nem ridicularizar a dúvida, mas estimular a reflexão de acordo com a maturidade individual. Família e escola devem permitir que a fantasia siga enquanto fizer sentido e oferecer apoio quando surgirem questionamentos.

Ao valorizar a imaginação sem recorrer a mecanismos de coerção, adultos preservam os benefícios cognitivos e emocionais associados à história de Papai Noel, mantendo a tradição como ferramenta de desenvolvimento e não como fonte de ansiedade.

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