
As Delegacias de Defesa da Mulher registraram 1.131 denúncias de estupro em todo o estado de São Paulo no mês de julho, número 3,1% inferior ao verificado no mesmo período de 2024, segundo balanço divulgado pela Secretaria da Segurança Pública (SSP-SP) nesta sexta-feira (29).
A retração foi mais acentuada na região metropolitana, onde as ocorrências passaram de 240 para 220, queda de 8,3%. Na capital paulista, foram contabilizados 218 casos, redução de 5,2% em relação a julho do ano passado.
No acumulado de janeiro a julho, entretanto, a curva segue ascendente: as 142 delegacias especializadas receberam 8.385 denúncias de estupro, 1,3% a mais que no mesmo intervalo de 2024.
O balanço também aponta aumento nos feminicídios. Entre janeiro e julho, os registros subiram de 133 para 151. De acordo com a SSP-SP, a elevação está relacionada à “maior tipificação e classificação correta” dos homicídios contra mulheres.
Para a coordenadora das Delegacias de Defesa da Mulher, delegada Adriana Liporoni, a denúncia continua sendo o principal instrumento de enfrentamento a esse tipo de violência. “Ainda há muito a fazer, por isso seguimos fortalecendo a rede de proteção para encorajar as vítimas a procurarem ajuda”, afirmou.
A pasta destaca que a formalização da queixa permite tanto a responsabilização do agressor quanto a mensuração real do problema. “Quando não há registro, fica impossível dimensionar a violência e reduzir a subnotificação”, informa nota da secretaria.
Outros indicadores criminais de julho
O levantamento mensal mostra ligeira alta nos homicídios dolosos, que passaram de 193 para 197. No acumulado do ano, são 1.438 casos, 15 a mais que em 2024.
Em sentido oposto, os latrocínios recuaram de 18 para 15 ocorrências. Os roubos em geral somaram 13.750 – queda de 12,4% frente às 15.703 notificações de julho do ano passado. Já os furtos diminuíram 0,6%, totalizando 46.353 registros.
A SSP-SP reforça que todos os boletins de ocorrência podem ser feitos presencialmente ou pela Delegacia Eletrônica, serviço disponível 24 horas.
Faça um comentário