A taxa de desemprego no Brasil recuou para 5,4% no trimestre móvel encerrado em outubro, menor patamar desde o início da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), em 2012. O índice, divulgado nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), estava em 5,6% no trimestre imediatamente anterior, finalizado em setembro, e em 6,2% no mesmo período de 2024.
O resultado veio no piso das projeções compiladas pelo Broadcast Projeções, que variavam de 5,4% a 5,7%, e abaixo da mediana de 5,5%. Para a coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, Adriana Beringuy, a queda “expressa melhora tanto na comparação trimestral quanto na comparação anual”.
A força de trabalho ocupada alcançou 100,2 milhões de pessoas, enquanto o contingente de desocupados recuou para 5,8 milhões. O nível de ocupação ficou em 57,0%, avanço de 1,0 ponto percentual em relação a igual intervalo de 2024.
Renda média e massa salarial
A renda média real habitual dos trabalhadores atingiu R$ 3.528, crescimento de 3,9% frente ao mesmo trimestre do ano anterior. Já a massa de rendimentos, que soma todos os salários pagos, totalizou R$ 357,3 bilhões, aumento de 5,0% na comparação anual.
De acordo com o IBGE, o ganho real foi impulsionado pela expansão da ocupação com carteira assinada e pela formalização no segmento de serviços, responsável por grande parte dos novos postos de trabalho.
Primeira parcela do 13º salário
O calendário trabalhista prevê que as empresas depositem a primeira metade do 13º salário até esta sexta-feira, 28 de novembro. O valor corresponde a 50% da remuneração mensal sem descontos de Imposto de Renda e INSS. Para empregados que não trabalharam o ano completo, o pagamento deve ser proporcional ao número de meses de contrato.
Com a combinação de taxa de desemprego em queda e maior massa de rendimentos, o IBGE avalia que a injeção adicional de recursos via 13º tende a reforçar o poder de compra das famílias neste final de ano.
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