
A taxa de desemprego no Brasil recuou para 5,4% no trimestre móvel encerrado em outubro, o menor percentual desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), iniciada em 2012, informou nesta sexta-feira (28) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O indicador ficou abaixo do registrado no trimestre terminado em setembro, quando estava em 5,6%, e também do apurado no mesmo período de 2024, de 6,2%. O pico da série, de 14,9%, ocorreu nos trimestres encerrados em setembro de 2020 e março de 2021, durante a pandemia de covid-19.
O contingente de pessoas sem ocupação caiu para 5,910 milhões, o menor volume já medido. Esse total representa retração de 11,8% em relação a igual trimestre do ano passado, ou 788 mil pessoas a menos em busca de trabalho.
Também houve recorde no número de trabalhadores com carteira assinada: 39,182 milhões. O rendimento médio real atingiu R$ 3.528, maior valor da série.
A pesquisa analisa o mercado de trabalho de brasileiros com 14 anos ou mais, contemplando todas as formas de ocupação — formais, informais, temporárias ou por conta própria. Pelo critério do IBGE, só é considerada desempregada a pessoa que efetivamente procurou emprego nos 30 dias anteriores à entrevista. O levantamento visita cerca de 211 mil domicílios em todos os estados e no Distrito Federal.
Na véspera, o Ministério do Trabalho e Emprego divulgou o resultado do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que acompanha exclusivamente vínculos formais. Segundo o cadastro, outubro registrou saldo positivo de 85,1 mil postos com carteira assinada. No acumulado de 12 meses, foram abertas 1,35 milhão de vagas.
Com a combinação de menor desemprego, expansão dos contratos formais e aumento da renda, os indicadores reforçam a recuperação do mercado de trabalho brasileiro observada ao longo de 2025.

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