Diagnóstico de intolerância a glúten e lactose evita erros e cortes inúteis

Pessoa fazendo o diagnóstico de intolerância a glúten e lactose ao testar pão sem ingredientes nocivos, ajudando a evitar erros e cortes desnecessários na dieta.

Exames específicos para glúten e lactose têm ajudado a reduzir dietas restritivas impostas por conta própria e a orientar tratamentos adequados para desconfortos digestivos. Ao distinguir intolerância, alergias e sensibilidade, esses testes evitam que sintomas persistam por falta de um diagnóstico preciso.

A intolerância à lactose se manifesta quando o organismo produz pouca ou nenhuma lactase, enzima que quebra o açúcar do leite. Os sintomas, como gases, distensão abdominal e diarreia, surgem geralmente até duas horas após a ingestão de laticínios. Já a sensibilidade ao glúten provoca inchaço, alterações intestinais, fadiga e dores de cabeça, mas precisa ser diferenciada da doença celíaca, condição autoimune que exige exclusão total do glúten.

Sem orientação profissional, muitas pessoas atribuem esses sinais a uma única causa, retiram grupos alimentares inteiros e continuam sofrendo. “O corpo fornece pistas, mas somente a investigação adequada revela o que realmente está errado”, afirma a alergista Natasha Rebouças Ferraroni. O risco inclui carências nutricionais, perda de massa magra e ansiedade em relação à comida.

Como os exames esclarecem cada quadro

No caso da lactose, o diagnóstico pode envolver teste de hidrogênio expirado, exames de sangue ou análise genética em sangue ou saliva. Para glúten, a avaliação é mais ampla: testes sorológicos detectam anticorpos relacionados à doença celíaca; exames genéticos indicam predisposição; e biópsia intestinal confirma alterações quando necessário. Se a suspeita é de sensibilidade ao glúten não celíaca, médicos descartam outras enfermidades antes de definir a conduta.

Cada resultado direciona um tratamento distinto. Pessoas com doença celíaca devem eliminar o glúten completamente. Quem apresenta intolerância à lactose pode usar enzimas, controlar porções ou escolher derivados com menor teor de lactose. Para sensibilidade, ajustes dietéticos, manejo do estresse e cuidado com a microbiota intestinal costumam ser suficientes.

Segurança alimentar e qualidade de vida

Especialistas destacam que um diagnóstico correto devolve variedade ao prato e previne restrições desnecessárias. “Com dados objetivos, conseguimos personalizar a dieta sem comprometer a nutrição”, resume Ferraroni. O enfoque também evita que outros problemas — como síndrome do intestino irritável, alergias a diferentes alimentos ou distúrbios hormonais — fiquem sem tratamento.

Assim, identificar se o desconforto vem de má absorção, inflamação ou resposta autoimune é fundamental para orientar intervenções seguras. Exames precisos contribuem para redução de sintomas, melhora da qualidade de vida e manutenção de uma alimentação equilibrada, sem cortes improvisados que podem causar mais prejuízos do que benefícios.

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