A creatina, um dos suplementos mais consumidos por atletas e praticantes de atividade física, deve ser utilizada com acompanhamento profissional para evitar efeitos adversos. A orientação é da nutricionista Camila Junqueira, coordenadora do curso de Nutrição da Faculdade Anhanguera.
Formada pelos aminoácidos glicina, arginina e metionina, a substância é composta por carbono, hidrogênio e nitrogênio e não contém calorias. Segundo a especialista, a dose de creatina considerada segura situa-se em torno de 3 g a 5 g por dia, quantidade suficiente para saturar os estoques musculares da maioria dos adultos.
Junqueira explica que a ingestão diária pode ser mantida por períodos prolongados, desde que haja avaliação regular de parâmetros clínicos. “A creatina não é prejudicial quando administrada em quantidades adequadas e acompanhada por profissional de saúde”, afirma. A recomendação inclui a manutenção de hidratação adequada, pois a baixa ingestão de líquidos pode levar a sobrecarga renal.
O tempo de uso varia conforme o objetivo individual. Para ganhos de massa muscular, a suplementação contínua costuma ser indicada, mantendo a dose padrão diariamente. Em contextos de preparação para competições, pode haver ajustes temporários, sempre sob orientação de nutricionista ou médico do esporte.
Entre os possíveis efeitos colaterais do consumo sem supervisão estão desconforto gastrointestinal, retenção hídrica e aumento da carga sobre os rins, especialmente em pessoas com histórico de doença renal ou que ingerem pouca água. A profissional reforça que exames laboratoriais periódicos ajudam a monitorar a função renal durante o uso prolongado.
Embora popular e amplamente estudada, a creatina não substitui alimentação equilibrada. A combinação de dieta adequada, treinamento bem estruturado e acompanhamento especializado é apontada como a forma mais segura de obter benefícios de força, resistência e hipertrofia associados ao suplemento.
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