O ministro Edson Fachin, que assume a presidência do Supremo Tribunal Federal (STF) em 29 de setembro, participou neste sábado (20) do Jubileu dos Operadores da Justiça, na praça de São Pedro, onde foi recebido pelo papa Leão XIV.
O encontro integrou a programação do Ano Jubilar, que reúne juízes, advogados, procuradores e demais profissionais do direito de vários países. Por causa do grande fluxo de peregrinos, a celebração foi transferida para uma estrutura externa montada na praça, permitindo maior proximidade do pontífice com os participantes.
Católico, Fachin assistiu ao pronunciamento de Leão XIV. O papa destacou que a justiça “não pode ser reduzida à aplicação mecânica da lei”, acrescentando que ela se realiza “quando se garante a cada pessoa o que lhe é devido, alcançando igualdade em dignidade e oportunidades”. Em outro momento, citou Santo Agostinho ao afirmar que “sem verdadeira justiça não é possível administrar o Estado”.
Após o discurso, o ministro integrou a fila de cumprimentos e saudou o pontífice. Segundo sua assessoria, todas as despesas da viagem foram custeadas pelo próprio Fachin, com apoio de logística da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Ele retorna ao Brasil para a cerimônia de posse como presidente do STF, agendada para 29 de setembro. Na mesma solenidade, o ministro Alexandre de Moraes tomará posse como vice-presidente. Ambos foram eleitos em agosto em votação simbólica, seguindo o critério de antiguidade adotado pelo Tribunal.
No biênio 2025-2027, Fachin será responsável por definir a pauta de julgamentos do plenário, conduzir as sessões e administrar o Poder Judiciário em âmbito federal, incluindo a elaboração e o envio do orçamento anual do Supremo.
A visita ao Vaticano ocorre a poucos dias de assumir essas atribuições, marcando o último compromisso internacional do ministro antes da nova função à frente da Corte.
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