Eric Max lança ‘Mucura’ e consolida o Ixé Pop Indie Amazônico

O multiartista amazonense Eric Max colocou no ar em 22 de novembro o single “Mucura”, descrito por ele como uma balada electropop que reafirma sua identidade regional e a estética do Ixé Pop Indie Amazônico, gênero que funde ancestralidade indígena, batidas eletrônicas e poesia contemporânea.

Nascido em Novo Airão, às margens do Rio Negro, o cantor, compositor, cineasta e diretor de arte ganhou projeção com “Rio Negro”. Com o novo lançamento, o artista busca consolidar a sonoridade que vem desenvolvendo desde 2021, mesclando referências do povo Baré e Manaó, de quem descende pelo lado paterno, a elementos da cultura ribeirinha.

Ao comentar as raízes do trabalho, Eric relembra a influência familiar. “Meu pai adorava cantar (…) Por isso, trago essa simbólica homenagem a esta língua nas minhas músicas”, diz, referindo-se ao nheengatu entoado pela bisavó Madadá, antiga cacique que cantava para a família. A ligação com a floresta se reforça na convivência com a avó, mãe Rosa, curandeira que mantém rituais em uma cabana na Amazônia. “A floresta é meu estúdio, meu templo e meu palco”, resume o artista.

Em “Mucura”, o gambá amazônico – frequentemente marginalizado – é elevado a símbolo de resistência e beleza fora dos padrões. O clipe, dirigido pelo próprio músico e produzido pela Borboleta Azul Filmes, sua companhia dedicada a narrativas amazônicas, foi rodado entre Rio de Janeiro, Manaus e Novo Airão. Figurinos confeccionados com materiais reaproveitados reforçam a estética denominada por Eric de surrealismo amazônico.

Além da música, Eric Max mantém carreira no audiovisual. Entre os projetos já realizados estão o curta de terror “Quem é que vai nos proteger agora?!”, o documentário “Mãe Rosa”, centrado na trajetória da avó curandeira, e o futuro longa “Contigo”, no qual dividirá a cena com Jôce Mendes. Em todas as vertentes, o artista declara como objetivo amplificar vozes da Amazônia, valorizar a ancestralidade indígena, a diversidade LGBTQIAPN+ e a espiritualidade da floresta.

Com a chegada de “Mucura” às plataformas digitais, Eric reforça a proposta de unir tradição e tecnologia para apresentar sonoridades amazônicas a um público cada vez mais amplo.

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