Estudo aponta picos de envelhecimento acelerado aos 44 e 60 anos

Evolução do envelhecimento facial ao longo da vida mostra picos de envelhecimento acelerado aos 44 e 60 anos, ilustrando impacto do envelhecimento na pele.

Um estudo conduzido pela Universidade de Stanford, publicado em 2024 na revista Nature Aging, indica que o corpo humano passa por dois períodos distintos de envelhecimento acelerado: por volta dos 44 e dos 60 anos.

Os pesquisadores analisaram mais de 11 mil moléculas presentes em amostras de sangue de voluntários adultos, buscando oscilações capazes de sinalizar mudanças ligadas à idade. O levantamento mostrou que, embora o organismo envelheça de forma contínua, a velocidade desse processo aumenta significativamente nesses dois marcos específicos. Segundo o artigo, 81% das moléculas avaliadas sofrem variações relevantes justamente nas faixas etárias de 44 e 60 anos.

Para chegar a essa conclusão, a equipe comparou perfis moleculares de participantes jovens, de meia-idade e idosos. “Detectamos picos pronunciados de alteração biológica que não seguem uma linha reta ao longo da vida”, declarou um dos autores no comunicado oficial da universidade. A descoberta contraria a suposição de que o declínio fisiológico se intensifica apenas de maneira gradual.

Entre as moléculas avaliadas estavam proteínas, metabólitos e lipídios associados a processos inflamatórios, função imunológica e saúde cardiovascular. A concentração ou a atividade dessas substâncias mudou de forma sincronizada nos dois períodos críticos, sugerindo que os sistemas corporais entram em uma fase de ajuste rápido antes de atingirem novo patamar de estabilidade.

Os cientistas ressaltam que, embora o estudo forneça um mapa detalhado dos picos de envelhecimento, não comprova se intervenções podem impedir ou retardar essas transições. Contudo, o mapeamento abre caminho para futuras pesquisas sobre estratégias personalizadas de saúde preventiva voltadas às idades de maior vulnerabilidade.

Até que novas evidências sejam publicadas, os autores recomendam acompanhamento clínico regular e adoção de hábitos saudáveis em todas as fases da vida como formas consolidadas de mitigar riscos associados ao avanço da idade.

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