O governo dos Estados Unidos transferirá para um porto em território americano o petroleiro apreendido na quarta-feira (10) nas proximidades das águas territoriais da Venezuela, informou nesta quinta (11) a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt. Segundo ela, a carga de petróleo de origem venezuelana será confiscada “por meio de um processo legal”, amparado por mandado de apreensão emitido pelo Departamento de Justiça.
Relatos da imprensa norte-americana identificam a embarcação como o Skipper, navio de bandeira da Guiana acusado por Washington de manter comércio com o Irã, país submetido a sanções econômicas dos EUA. Com aproximadamente 330 metros de comprimento e 60 de largura, o cargueiro se enquadra na categoria VLCC (Very Large Crude Carrier) e tem capacidade para transportar até 2 milhões de barris de petróleo — volume avaliado entre US$ 120 milhões e US$ 160 milhões.
De acordo com Leavitt, “o governo americano se apropriará da carga” porque o carregamento violaria restrições impostas tanto a Teerã quanto a Caracas. A porta-voz acrescentou que a operação foi conduzida por forças militares dos EUA “perto da Venezuela”, sem detalhar a distância exata da costa sul-americana.
Integrantes do governo Donald Trump tratam a interceptação como parte da estratégia de sanções contra governos considerados adversários. “O presidente entende que a aplicação vigorosa dessas medidas é essencial para pressionar regimes como o iraniano e o venezuelano”, disse Leavitt.
O porte do petroleiro capturado chama atenção pelo potencial impacto financeiro do confisco. Caso estivesse completamente carregado, o valor da carga ultrapassaria R$ 800 milhões, tomando como referência a cotação atual do petróleo no mercado internacional.
As autoridades não informaram o porto de destino nem o cronograma para a chegada do Skipper aos Estados Unidos. A Justiça americana deverá conduzir os trâmites formais para declarar a propriedade do petróleo em favor do governo e, posteriormente, decidir o destino dos barris.
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