O secretário de Administração de Praia Grande e ex-delegado geral da Polícia Civil paulista, Ruy Ferraz Fontes, 66 anos, foi executado a tiros por volta das 18h desta segunda-feira (15) em um bairro próximo à prefeitura e ao fórum do município, no litoral sul de São Paulo.
Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que o veículo dirigido pelo ex-delegado tenta escapar em alta velocidade, capota entre dois ônibus e é alcançado por um carro ocupado por três homens armados com fuzis. Dois dos atiradores se aproximam, disparam diversas vezes contra Fontes e fogem pela mesma avenida. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) classificou a ação como atentado.
O automóvel usado pelos criminosos foi encontrado abandonado pouco depois. Segundo a SSP, equipes realizam diligências e utilizam ferramentas de inteligência para localizar e prender os responsáveis. “Estamos mobilizados para identificar, prender e responsabilizar os envolvidos”, informou a pasta em nota.
A prefeitura informou que outras duas pessoas ficaram feridas; ambas foram atendidas pelo Samu de Praia Grande, encaminhadas à UPA Quietude e, em seguida, transferidas para o Hospital Municipal Irmã Dulce sem risco de morte.
Unidades da Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (ROTA) – tropa de elite da Polícia Militar – foram vistas na região, embora o governo estadual não tenha confirmado operação específica. A corporação tem sido acionada em grandes ações como as Operações Escudo e Verão desde 2023.
O Ministério Público estadual também participa do caso. O procurador-geral de Justiça, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, comunicou ao secretário da Segurança, Guilherme Derrite, que o GAECO irá auxiliar a investigação conduzida pela Polícia Civil.
Com mais de quatro décadas de carreira, Fontes chefiou unidades como DHPP, Denarc, Deic e Decap. Entre 2020 e 2022 liderou a Delegacia Geral de Polícia do Estado, período em que coordenou prisões de lideranças do Primeiro Comando da Capital (PCC). Aposentado em 2022, assumiu a Secretaria de Administração de Praia Grande em janeiro de 2023 e permanecia no cargo na gestão iniciada em 2025.
Até o momento, a motivação do assassinato não foi divulgada oficialmente.
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