
A prática constante de atividade física tem se mostrado um dos meios mais eficazes para controlar a hipertensão arterial, condição que atinge cerca de 25% dos adultos brasileiros e eleva o risco de infarto e acidente vascular cerebral.
Comparação com medicamentos
Estudos publicados em periódicos como Hypertension e Journal of the American Heart Association indicam que exercícios aeróbicos regulares — caminhada, corrida leve, ciclismo ou natação — podem reduzir a pressão sistólica em até 10 mmHg, resultado semelhante ao obtido com alguns fármacos anti-hipertensivos. A musculação de intensidade moderada também contribui ao melhorar a função vascular e a sensibilidade à insulina.
Atividades mais recomendadas
Especialistas defendem a regularidade, não a intensidade máxima. Entre as modalidades mais citadas estão:
- Caminhada, corrida leve ou ciclismo: fortalecem o coração e favorecem a circulação.
- Natação: reduz impacto articular e melhora o condicionamento cardiorrespiratório.
- Musculação leve a moderada: aumenta força muscular e preserva a saúde óssea sem sobrecarregar o sistema cardiovascular.
- Ioga e pilates: auxiliam no controle do estresse, fator que influencia diretamente a pressão.
Cuidados antes de iniciar
Médicos recomendam avaliação clínica prévia para todos os hipertensos. O programa deve começar de forma gradual, com monitoramento da pressão antes e após cada sessão. Exercitar-se somente nos fins de semana não é suficiente; a distribuição ao longo da semana, mesmo em sessões curtas, garante maior eficácia.
Menos remédio, mais qualidade de vida
Ao integrar o exercício à rotina, muitos pacientes conseguem potencializar o efeito dos medicamentos e, em alguns casos, reduzir doses. “O movimento age como um remédio natural para o sistema cardiovascular”, resume o médico do esporte Rafael Rivas Pasco. Segundo ele, manter o corpo ativo traz ainda benefícios adicionais, como aumento de disposição e melhora do bem-estar geral.
Assim, a recomendação dos especialistas é clara: colocar o corpo em movimento deve ser parte central do tratamento da hipertensão, contribuindo para pressão arterial mais estável e menor dependência de fármacos.
*Com informações de estudos científicos e recomendações de sociedades médicas.
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