O Theatro Municipal do Rio de Janeiro inicia nesta sexta-feira (12) uma série de projeções gratuitas na fachada do edifício, na Cinelândia, exibindo cenas e personagens do balé Quebra-Nozes. O video mapping acompanha a temporada do espetáculo, em cartaz até 28 de dezembro, e marca o encerramento da programação artística de 2025 da casa.
A iniciativa é resultado de parceria entre a Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa (Secec-RJ) e a Fundação Teatro Municipal. Segundo a secretária Danielle Barros, o objetivo é “levar a magia do Quebra-Nozes para além do palco, garantindo acesso democrático ao público”.
O mapeamento de vídeo foi desenvolvido pelo estúdio Deeplab. Para o fundador, Felipe Reif, a proposta pretende envolver simultaneamente quem assiste ao balé no interior do teatro e as pessoas que circulam pela praça. A fachada do prédio histórico servirá de tela para a projeção em dois períodos: de terça-feira a sábado, das 18h30 às 18h50 e, após o espetáculo, das 21h30 às 21h50; aos domingos, a exibição ocorre das 19h30 às 19h50.
A presidente da Fundação Teatro Municipal, Clara Paulino, lembra que a remontagem do Quebra-Nozes, viabilizada no ano passado com patrocínio da Petrobras, esgotou ingressos rapidamente. “Queríamos oferecer algo também a quem não conseguiu comprar entradas; o video mapping cumpre essa entrega à população”, afirma.
Além da projeção, o entorno do Theatro Municipal ganhará uma Vila de Natal, aberta durante todo o período da temporada. O espaço contará com instalações de luz, personagens temáticos que interagem com o público e uma máquina fotográfica para registros gratuitos.
O Quebra-Nozes é baseado no conto germânico “O Quebra-Nozes e o Rei dos Ratos”, de E.T.A. Hoffmann, adaptado por Alexandre Dumas. Com música de Piotr Ilitch Tchaikovsky e coreografia original de Marius Petipa e Lev Ivanov, o balé estreou em 1892, em São Petersburgo, e tornou-se um clássico natalino mundial.
Com o video mapping, a administração do teatro espera ampliar o alcance cultural do espetáculo e testar novos formatos de interação com o público. “A expectativa é que esta seja a primeira de muitas experiências semelhantes”, conclui Clara Paulino.
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