A 58ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro chega ao fim neste sábado, 20 de setembro, com a entrega dos aguardados troféus Candango aos melhores longa-metragens e curta-metragens selecionados para a mostra competitiva deste ano.
A cerimônia começa às 17h, no tradicional Cine Brasília, sob comando das atrizes Bárbara Colen e Maeve Jinkings. O júri oficial distribuirá prêmios em 14 categorias para longas e em 12 para curtas, enquanto o público também escolherá seus favoritos por meio de cédulas distribuídas a cada sessão.
Entre as homenagens especiais, o troféu Candango pelo Conjunto da Obra será entregue à atriz Fernanda Montenegro, de 95 anos. A Medalha Paulo Emílio Sales Gomes reconhece a pesquisadora Ivana Bentes, e o prêmio Leila Diniz destaca a diretora Lucia Murat por sua filmografia voltada à reflexão política e social.
Fundado em 1965, o festival mantém o Cine Brasília, projeto de Oscar Niemeyer inaugurado em 1960, como sede fixa. Segundo a diretora desta edição, Sara Rocha, a seleção prioriza produções inéditas na capital federal. “Os filmes são escolhidos a partir de ampla chamada pública feita em todo o país, com preferência para obras inéditas na capital”, afirmou.
A curadoria, liderada pelo diretor artístico Eduardo Valente, contou com duas comissões independentes para curtas e longas. “Cada comissão reúne profissionais de notório saber no audiovisual, especializados em cinema brasileiro”, acrescentou Rocha.
Após a premiação oficial, o festival exibe em sessão de encerramento o longa A Natureza das Coisas Invisíveis (2025), da cineasta brasiliense Rafaela Camelo, que narra a amizade entre duas crianças hospitalizadas.
O evento também concentra premiações paralelas. A Câmara Legislativa do Distrito Federal concede, pela 27ª vez, troféus a produções locais da Mostra Brasília. O prêmio Zózimo Bubul, oferecido pelo Centro Afrocarioca de Cinema e pela APAN, reconhece obras de realizadores negros. Já o prêmio Caleidoscópio, da Federação Internacional de Críticos de Cinema (Fipresci), escolherá o melhor filme entre cinco trabalhos experimentais. A Associação Brasileira dos Críticos de Cinema anunciará ainda seus próprios vencedores em longa e curta-metragens.
Com seis décadas de história, o Festival de Brasília reforça sua posição como vitrine para o cinema nacional, celebrando talentos consolidados e revelando novos nomes da produção brasileira.
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