
O episódio que encerra a 2ª temporada de Casa de Davi, série bíblica do Prime Video, concentra acontecimentos que reposicionam as forças políticas e espirituais em Israel. A trama destaca o avanço de Davi como ungido, o descontrole de Saul e a morte do profeta Samuel, criando um cenário aberto para os próximos capítulos.
Após ter sua identidade confirmada por Adriel, Davi passa a ser alvo direto da ira do rei. Consumido por paranoia, Saul tenta eliminar o jovem que antes admirava e coloca o próprio exército em perseguição. Durante o confronto no palácio, Davi enfrenta também Eshbaal, demonstrando maturidade militar e escapando com vida.
O protagonista decide fugir, mas se despede da esposa, Mychal. Mesmo solidária, a princesa prefere permanecer com a família real. A decisão enfatiza o peso das responsabilidades políticas, já que o casal reconhece não haver espaço para o amor diante da crise de poder que se instala.
Mychal, porém, é acusada de traição. A situação é contornada por Mirab, que mente para livrar a irmã de punição. O episódio reforça a relevância das personagens femininas, atuando como peças-chave em uma narrativa dominada por disputas entre líderes homens.
Jonathan mantém a lealdade a Davi, contrastando com o pai. Ele tenta interceder junto à corte e, ao não conseguir, passa a ajudar o amigo em segredo. Nesse momento, revela que será pai e firma um pacto de proteção mútua, símbolo de fraternidade acima de laços de sangue.
O ponto mais dramático do final da 2ª temporada de Casa de Davi ocorre com o sacrifício de Samuel. Ao perceber o avanço de Saul contra o ungido, o profeta utiliza seu poder espiritual para deter fisicamente a tropa e confrontar o rei. O esforço extremo resulta na morte de Samuel, selando sua trajetória como guardião do escolhido de Deus.
Após a intervenção, Davi é acolhido por segmentos do próprio exército israelita, além de Joab e Eliab, que o reconhecem como legítimo sucessor ao trono. Do outro lado, Saul aprofunda seu colapso psicológico, enquanto Eshbaal apresenta ao palácio o rei de Edom, sinalizando uma ameaça diplomática que pode comprometer a estabilidade do reino.
O desfecho indica que a disputa pela coroa está apenas começando. Ao mesmo tempo em que Davi ganha apoio militar e popular, o governo de Saul se fragmenta e novos atores externos entram em cena, ampliando as tensões para a próxima fase da produção.

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