A operação conjunta das secretarias estaduais da Saúde, Segurança Pública, Fazenda e Justiça interditou, nesta quinta-feira (2), três estabelecimentos na capital paulista e em Osasco por venda de bebidas adulteradas com suspeita de contaminação por metanol.
Na zona sul da capital, uma adega no M’Boi Mirim foi interditada totalmente. Técnicos da Vigilância Sanitária lacraram 5.585 garrafas de destilados e recolheram para análise seis caixas de vodca, pertencentes ao mesmo lote apreendido no dia anterior em Barueri. De acordo com nota do órgão, foram encontrados “produtos vencidos, más condições de higiene, presença de roedores e baratas, além de bebidas sem origem comprovada”.
Na zona leste, em Cidade Líder, uma distribuidora de bebidas teve 211 itens bloqueados. A empresa foi autuada, mas pôde continuar funcionando com o restante do estoque liberado. Já em Osasco, fiscais interditaram duas adegas após identificarem irregularidades semelhantes.
As ações desta semana somam nove locais fechados no estado e são resposta imediata ao aumento de casos de intoxicação por metanol. Até o momento, São Paulo registrou 11 ocorrências confirmadas. A substância, presente em solventes e combustíveis, pode aparecer em bebidas alcoólicas clandestinas; a ingestão provoca riscos de cegueira permanente e morte.
Segundo a Secretaria da Saúde, consumidores que apresentarem sintomas como visão turva, dores abdominais intensas, tontura ou confusão mental devem buscar socorro em até seis horas após o início do quadro. “A rapidez no atendimento é fundamental para evitar desfechos graves”, informou a pasta.
Denúncias sobre comércio de bebidas adulteradas podem ser encaminhadas ao Disque Denúncia 181 ou ao site da Polícia Civil. O Procon também recebe relatos pelo 151 e manteve um atalho específico em sua página para esses casos.
Durante as fiscalizações, as equipes conferem documentação, condições de armazenamento e rotulagem, além de coletar amostras para exame laboratorial. Os estabelecimentos autuados permanecem fechados até a conclusão dos laudos ou regularização das pendências.
A Secretaria da Saúde reforça que qualquer pessoa que tenha consumido bebida suspeita deve alertar amigos ou familiares que possam ter ingerido o mesmo produto e orientá-los a procurar atendimento médico.
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