Força-tarefa apreende bebidas sem origem em bares de São Paulo

Uma operação conjunta das secretarias estaduais da Saúde e da Segurança Pública recolheu, na segunda-feira (29), 117 garrafas de bebida adulterada sem rótulo e sem nota fiscal em três pontos de venda localizados nos bairros Jardim Paulista e Mooca, na capital paulista.

A fiscalização, integrada pelo Centro de Vigilância Sanitária (CVS) de São Paulo e pela Vigilância em Saúde municipal (Covisa), concentrou-se em estabelecimentos já monitorados por suspeita de comercializar produtos contaminados com metanol, substância altamente tóxica ao consumo humano.

Todo o material apreendido foi encaminhado ao Instituto de Criminalística da Polícia Técnico-Científica, responsável pela perícia que vai confirmar ou descartar a presença do composto químico. Dois dos locais vistoriados receberam autuações por infrações sanitárias.

O inquérito está sob responsabilidade da Divisão de Investigações sobre Infrações contra a Saúde Pública, vinculada ao Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC). Segundo a corporação, diligências seguem para identificar eventuais fornecedores e rastrear a cadeia de distribuição das bebidas.

Desde junho, a Secretaria da Saúde confirma seis ocorrências de intoxicação por metanol com provável ligação ao consumo de bebida de procedência desconhecida. Outros dez casos permanecem em análise; em três deles as vítimas morreram: um homem de 58 anos em São Bernardo do Campo, outro de 54 na capital e um terceiro de 45 cuja residência não foi identificada.

O CVS reforça o alerta a comerciantes e consumidores. “A aquisição deve ser restrita a fabricantes legalizados, com rótulo, lacre de segurança e selo fiscal”, orientou o órgão em nota. A recomendação é que bares, restaurantes e distribuidoras redobrem a verificação da origem dos produtos para prevenir novas ocorrências de envenenamento.

Consumir bebidas clandestinas, ressalta o centro, pode resultar em sintomas graves de intoxicação, incluindo cegueira permanente e óbito. Denúncias sobre comércio irregular podem ser encaminhadas à Vigilância Sanitária Municipal ou à Polícia Civil.

CURTA NOSSA PÁGINA NO FACEBOOK!

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será divulgado.


*