Episódio 4 de “I Love LA” mostra caos das relações urbanas

O quarto capítulo de I Love LA, exibido nesta semana, transformou um simples convite para uma festa de influenciadores na hora mais confusa — e reveladora — da temporada. O enredo reforça o tema que permeia a série: a dificuldade de construir amizades genuínas em uma cidade pautada por algoritmos, fama instantânea e interações performáticas.

Logo na abertura, Tallulah e seus amigos se preparam para o evento promovido por Quen, criadora de conteúdo cuja presença altera toda a dinâmica social do grupo. O episódio mostra Tallulah recebendo uma bolsa de luxo, indício de sua entrada no universo da influência digital. Na mansão, porém, ela percebe que cada suposta espontaneidade é, na verdade, cuidadosamente coreografada para as redes.

Durante as gravações para o TikTok de Quen, câmeras, iluminação profissional e trocas de figurino deixam claro o nível de produção exigido. O constrangimento atinge o ápice quando Tallulah menciona os camarões que teria encomendado e recebe de Quen uma reação de total estranhamento, sinal de que, ali, nada além da performance importa.

O episódio alcança seu momento mais surreal quando Tallulah tenta se refugiar em um cômodo que se revela uma click farm: dezenas de pessoas dedicadas a curtir vídeos para inflar engajamento. A cena satiriza de forma direta os bastidores da indústria de influência e faz a personagem concluir que também está sendo moldada por aquele ambiente.

Paralelamente, Maia e Alani exploram áreas restritas da residência e dão de cara com Elijah Wood, isolado, assistindo Os Simpsons. Visivelmente alterado, o ator estabelece regras inusitadas, como proibir “roupas externas” em sua cama. Maia e Alani interpretam a oferta de roupões como convite sexual, gerando um mal-entendido que termina com Elijah reclamando: “Nenhuma mulher quer ser apenas minha amiga”. O desabafo evidencia a tensão entre celebridade e vida pessoal.

Ao mesmo tempo, Charlie vive sua própria comédia de equívocos. Ele conhece Lucas Landry, dono do hit viral usado por Quen, e acredita ter encontrado um possível romance. Descobre, porém, que o cantor não é gay. Ainda assim, Lucas o convida para acompanhá-lo em uma temporada em Las Vegas com a proposta de divulgar “mensagens de amor e fé”, sugestão que pode representar nova direção para Charlie, cuja carreira patina desde um escândalo anterior.

O episódio se encerra com o grupo reunido em um carro de aplicativo, rindo nervosamente dos eventos da noite. Quando Charlie comenta que “qualquer homem pode matar vocês”, o motorista reage com uma risada sinistra, mesclando humor e paranoia — marca constante da série.

Ao abraçar o caos, I Love LA reforça a crítica à cultura da influência e aos colapsos emocionais gerados pela busca incessante por relevância online. O episódio 4, além de confuso e frenético, expõe de maneira direta como a imagem pública pode engolir identidades e relacionamentos autênticos.

CURTA NOSSA PÁGINA NO FACEBOOK!

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será divulgado.


*