Bahia investiga morte suspeita por intoxicação de metanol em Feira de Santana

Autoridades de saúde da Bahia apuram se a morte de um homem de 56 anos, ocorrida na madrugada desta sexta-feira (3) em Feira de Santana, foi provocada por intoxicação por metanol. O paciente deu entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Queimadinha, onde não resistiu.

Em nota, a Secretaria da Saúde do Estado informou que equipes de vigilância municipal e estadual farão o monitoramento do caso em parceria com órgãos de segurança pública. “Amostras biológicas serão coletadas e encaminhadas para análise laboratorial”, destacou o comunicado. O resultado deve sair em até sete dias, prazo que permitirá confirmar ou descartar a presença do solvente tóxico no organismo da vítima.

O governo estadual disse ainda manter diálogo contínuo com o Ministério da Saúde e com demais autoridades sanitárias para acompanhar possíveis ocorrências em outros estados.

Até a tarde de quinta-feira (2), o Ministério da Saúde registrava 48 casos suspeitos de contaminação por metanol no país. Desse total, 11 foram confirmados por exames realizados pelo Centro de Informações Estratégicas e Resposta de Vigilância em Saúde (Cievs). O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, chegou a mencionar um 12º caso em Brasília, mas depois retificou a informação: “O caso do rapper Hungria ainda é contabilizado como suspeito”, afirmou.

Oficialmente, apenas uma morte por metanol foi confirmada até agora, no estado de São Paulo. Outros sete óbitos permanecem sob investigação — dois em Pernambuco e cinco também em São Paulo.

Gravidade e sintomas

A ingestão de metanol é considerada emergência médica. No organismo, a substância se converte em compostos altamente tóxicos, como formaldeído e ácido fórmico, capazes de provocar falência de órgãos e morte. Entre os principais sintomas estão visão turva ou perda de visão, náuseas, vômitos, dores abdominais e sudorese intensa.

Na presença de qualquer sinal clínico, o Ministério da Saúde orienta procurar imediatamente atendimento de urgência. Canais de apoio incluem o Disque-Intoxicação da Anvisa (0800 722 6001), o Centro de Controle de Intoxicações de São Paulo (0800 771 3733) e os CIATox regionais.

Autoridades reforçam a necessidade de rastrear e alertar pessoas que tenham consumido a mesma bebida suspeita, pois a rapidez no tratamento reduz o risco de complicações graves.

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