Itens que não compensam ser comprados no aeroporto, dizem especialistas

Consumidores que aguardam o embarque tendem a gastar mais do que o planejado com produtos disponíveis nos terminais aéreos, alertam especialistas em finanças pessoais. De acordo com consultores de consumo, alguns itens vendidos em aeroportos apresentam preços significativamente superiores aos praticados fora do ambiente de viagens, sem oferecer vantagens reais.

A principal armadilha envolve alimentos e bebidas. Em média, lanches rápidos, garrafas de água e cafés podem custar até três vezes mais do que em estabelecimentos de rua. A justificativa, segundo administradores de varejo aeroportuário, é o valor do aluguel cobrado pelas concessionárias, repassado integralmente ao cliente final.

Outra despesa que costuma pesar é a compra de acessórios de conforto, como travesseiros de pescoço e mantas. Embora sejam itens úteis durante o voo, esses produtos saem consideravelmente mais baratos em lojas de artigos esportivos ou supermercados, onde a variedade é maior e o custo, menor.

A literatura de bordo também costuma onerar o passageiro desavisado. Livros e revistas lançados recentemente, à venda nas bancas internas, podem ter acréscimo de até 40% em comparação com livrarias tradicionais ou versões digitais. A recomendação é adquirir a leitura antecipadamente ou baixar opções gratuitas em aplicativos.

Nem mesmo o Duty Free garante economia. Apesar de isenção tributária, perfumes, bebidas alcoólicas e eletrônicos nem sempre representam o melhor negócio. Pesquisas mostram que itens de marcas populares aparecem com valores semelhantes – e, em alguns casos, superiores – aos de lojas especializadas nos centros urbanos. “A conveniência tem um custo alto”, afirma a economista Marina Lopes.

Por fim, carregadores, fones de ouvido e adaptadores de tomada costumam ter margem de lucro elevada nos terminais internacionais. Como são objetos pequenos e fáceis de transportar, a orientação é adquiri-los antes da viagem, evitando gastos imprevistos.

Para reduzir despesas, especialistas recomendam planejamento: levar garrafa reutilizável vazia para abastecer após a segurança, fazer um lanche em casa, baixar livros digitais e comparar preços de Duty Free com lojas on-line antes de embarcar. “O ambiente do terminal eleva os preços pela falta de concorrência imediata”, reforça o consultor de consumo Carlos Mendes.

A adoção dessas práticas simples ajuda o passageiro a evitar custos extras e a manter o orçamento sob controle até o destino final.

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