
O cantor e compositor jamaicano Jimmy Cliff, referência mundial do reggae, morreu aos 81 anos. O falecimento foi confirmado nesta segunda-feira, 24 de novembro de 2025, em comunicado publicado nos perfis oficiais do artista nas redes sociais.
Segundo a nota, assinada pela esposa, Latifa, e pelos familiares Lilty e Aken, Cliff sofreu uma convulsão que evoluiu para pneumonia. O texto agradece o trabalho da equipe médica comandada pelo Dr. Couceyro e o apoio de amigos, colegas de profissão e fãs. A família pediu respeito à privacidade durante o luto e informou que detalhes sobre cerimônias serão divulgados posteriormente.
Nascido na paróquia de St. James, na Jamaica, James Chambers — nome de batismo de Jimmy Cliff — foi um dos principais responsáveis por levar o reggae para além das fronteiras do país caribenho. Ao longo de mais de seis décadas de carreira, lançou sucessos como “I Can See Clearly Now”, “Wonderful World, Beautiful People”, “You Can Get It If You Really Want” e “Reggae Night”.
O reconhecimento internacional veio acompanhado de prêmios. Cliff recebeu dois Grammys: em 1985, com o álbum Cliff Hanger, e em 2012, por Rebirth. Em 2010, tornou-se o primeiro artista de reggae vivo a entrar para o Rock and Roll Hall of Fame. “Ele sempre valorizou o carinho do público em todos os lugares onde se apresentou”, destacou a família no comunicado.
Além da música, o artista teve participação expressiva no cinema. Protagonizou The Harder They Come (1972), filme considerado essencial para a difusão da cultura jamaicana, e integrou o elenco de Club Paradise (1986). Em entrevista à época, Cliff afirmou que considerava o longa “uma extensão natural de sua missão de mostrar o reggae ao mundo”.
Com a morte de Jimmy Cliff, o reggae perde um dos seus maiores embaixadores, cujo legado permanece vivo em canções, premiações e na influência sobre artistas de diferentes gerações.
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