O candidato de extrema-direita José Antonio Kast, do Partido Republicano e Social Cristão, foi eleito presidente do Chile. Ele obteve aproximadamente 60% dos votos no segundo turno, realizado no último domingo, dia 14.
A candidata progressista Jeannette Jara, do Partido Comunista, recebeu cerca de 40% dos votos. Este pleito ocorreu em um contexto de intensa polarização política, com os eleitores manifestando opiniões divergentes sobre o futuro do país.
Detalhes da votação
A diferença percentual entre os candidatos se manteve inalterada após a primeira contagem realizada pelo Serviço Eleitoral do Chile (Servel). Os resultados preliminares foram divulgados às 18h47, horário local e de Brasília.
A vitória de Kast representa uma mudança significativa na política chilena, marcando uma nova onda de governos de direita na América Latina. Sua campanha se destacou por um discurso rigoroso sobre imigração e criminalidade, contrastando com sua derrota apertada para Gabriel Boric em 2021.
Campanha de Jeannette Jara
Jeannette Jara baseou sua campanha em seu histórico de avanços nas reformas da Previdência e na redução da jornada de trabalho durante a administração de Gabriel Boric, que pertence ao Partido Comunista. No entanto, ela enfrentou desafios devido à impopularidade do governo atual e ao ceticismo em relação à sua filiação ao Partido Comunista, em um país que ainda carrega as memórias da ditadura de Pinochet.
No primeiro turno, Jara obteve 3.476.554 votos, correspondendo a 26,85% do total. Já Kast recebeu 3.097.685 votos, representando 23,92%. Este foi o primeiro pleito desde 2012 em que a votação foi obrigatória para os chilenos, com cerca de 15 milhões de eleitores participando da eleição.
Implicações da vitória de Kast
A eleição de Kast pode sinalizar uma nova era política no Chile, com a possibilidade de mudanças significativas nas políticas públicas. Seu discurso e propostas têm atraído uma base de apoio que busca uma abordagem mais rigorosa em questões de segurança e imigração, refletindo uma tendência observada em outros países da região.
A vitória de Kast também levanta questões sobre o futuro das políticas sociais e econômicas do Chile, especialmente em um contexto de crescente desigualdade e descontentamento popular.
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