Lei federal torna guitarrada patrimônio cultural de todo o Brasil

Homem tocando guitarra elétrico, destacando a importância da música na cultura brasileira reconhecida pela lei federal como bem cultural do Brasil.
Foto: Reprodução

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou, nesta sexta-feira (29), a Lei nº 15.192, que reconhece a guitarrada como manifestação da cultura nacional. Com a medida, o gênero instrumental originário do Pará passa a integrar oficialmente o conjunto de bens imateriais brasileiros.

Criada na década de 1970, a guitarrada resulta da fusão entre ritmos amazônicos, como o carimbó e o siriá, e gêneros caribenhos, entre eles cúmbia, mambo, merengue e zouk. Essa combinação deu origem a um estilo marcado pela guitarra elétrica em posição de destaque, o que lhe rendeu o apelido de “lambada instrumental”. O gênero também inspirou vertentes populares no país, a exemplo do brega pop e da lambada.

O marco inaugural da guitarrada é o LP “Lambadas das Quebradas”, lançado pelo paraense Mestre Vieira em 1973. Nascido em Barcarena, Vieira cresceu ouvindo choro e, antes de se dedicar à guitarra elétrica, tocou bandolim, banjo, cavaquinho e violão. Ao longo da carreira, gravou 18 discos e tornou-se referência para músicos e pesquisadores da música amazônica. O artista morreu em fevereiro de 2018, aos 83 anos.

Em homenagem ao músico, a Assembleia Legislativa do Pará aprovou, em 2023, a lei que institui 29 de outubro — data de seu aniversário — como o Dia Estadual da Guitarrada. Agora, com o reconhecimento federal, o gênero ganha amparo legal para ações de preservação e difusão em todo o território nacional.

A nova legislação determina que órgãos públicos de cultura adotem iniciativas para valorizar o estilo, favorecendo pesquisas, apresentações e registros históricos que assegurem sua continuidade às futuras gerações.

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