
O terminal de contêineres Tecon 10, no Porto de Santos, deverá ir a leilão entre 15 e 18 de dezembro na bolsa de valores B3, em São Paulo. O cronograma foi antecipado pelo ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, durante participação no Macro Day, evento realizado pelo banco BTG Pactual na capital paulista.
De acordo com o ministro, o certame tem potencial para atrair mais de R$ 5 bilhões em investimentos privados e dobrar a capacidade de movimentação de contêineres no maior porto da América Latina. “Nossa expectativa é realizar o leilão entre 15 e 18 de dezembro, o que será fundamental para o desenvolvimento do Porto de Santos”, afirmou. O processo aguarda parecer do Tribunal de Contas da União (TCU) antes da publicação do edital definitivo.
Costa Filho ressaltou que a carteira portuária está sendo estruturada para garantir competitividade e evitar concentração de mercado. Segundo ele, a democratização do acesso ao Porto de Santos é prioridade do governo federal.
Além do leilão do Tecon 10, o ministro comentou o anúncio da Latam de adquirir até 74 jatos E195-E2 da Embraer, com 24 aeronaves já encomendadas e 50 opções de compra. As primeiras entregas estão previstas para o segundo semestre de 2026. Para Costa Filho, a operação deve ampliar rotas domésticas e fortalecer a aviação regional, movimento que pode ser seguido por Gol e Azul.
No mesmo fórum, o ministro dos Transportes, Renan Filho, projetou que o governo deverá concluir 12 concessões rodoviárias em 2025, somando 21 desde o início da atual gestão. Ele classificou o conjunto de projetos como “o maior pipeline de concessões rodoviárias do mundo” e citou avanços no diálogo com investidores para assegurar rentabilidade e segurança jurídica. “A carteira de rodovias é sólida, com bons projetos e transparência”, declarou.

Segundo Renan Filho, o plano é encerrar o mandato presidencial com 35 concessões rodoviárias e abrir novos editais ferroviários, entre eles o Ferroanel de São Paulo e o Anel Ferroviário do Sudeste.
Com o leilão do Tecon 10, o governo espera acelerar a modernização logística, ampliar a movimentação de cargas e tornar o Porto de Santos mais competitivo no comércio exterior, reforçando a estratégia de atrair capital privado para infraestrutura.
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