
O Brazil Windpower 2025, programado para 28 a 30 de outubro no São Paulo Expo, reunirá mais de 300 especialistas para discutir soluções diante dos cortes recentes na oferta de energia renovável no Brasil. A redução na geração eólica, somada ao acionamento de usinas térmicas em horários de pico, já provocou prejuízo estimado em R$ 5 bilhões para empresas do setor.
Com a expectativa de consolidação da eólica offshore e a necessidade de rotas permanentes de demanda, executivos e autoridades buscarão estratégias que reforcem toda a cadeia produtiva. O encontro ocorre poucos meses antes da COP30 e pretende alinhar propostas que viabilizem a expansão eólica nacional sem depender do despacho de fontes mais caras e emissoras.
Entre as lideranças confirmadas estão Elbia Gannoum, presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica e Novas Tecnologias (ABEEólica) e enviada especial para a energia da COP30; Karina Araujo, diretora de Transição Energética do Ministério de Minas e Energia; Marinez Scherer, enviada especial para os Oceanos da COP30; Agnes Costa, diretora da Aneel; além dos deputados Vitor Lipp e Hugo Leal.
No setor privado, participam Karin Luchesi, CEO da Elera Renováveis; João Brito Martins, CEO da EDP Brasil; Ricardo Cyrino, CEO da Evoltz; Rodrigo Ugarte, vice-presidente da Vestas para a América Latina; Laura Porto, diretora do Grupo Neoenergia; e Ben Backwell, CEO do Global Wind Energy Council (GWEC). Também estarão presentes representantes de Ocean Winds, Goldwind, Invenergy, Wartsila, Fugro, Green Eagle Solutions e MingYang Smart Energy.
O evento é coorganizado pela ABEEólica, pelo GWEC e pela Informa Markets. Do lado governamental, confirmaram presença Thiago Prado (Empresa de Pesquisa Energética), Sumara Ticon (Operador Nacional do Sistema Elétrico), Renata Ferreira (Consulado dos Países Baixos) e delegações comerciais de Noruega, Bélgica e Dinamarca.
Debates técnicos devem tratar de integração ao Sistema Interligado Nacional, melhorias regulatórias para projetos onshore, incentivos a parques offshore e mecanismos que reduzam a exposição financeira das geradoras aos riscos de despacho térmico. A expectativa do setor é que o Brazil Windpower 2025 ajude a sedimentar propostas que sustentem o crescimento da matriz eólica brasileira nos próximos anos.
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