O filme O Último Azul, novo trabalho do diretor pernambucano Gabriel Mascaro, entra em cartaz nesta quinta-feira (28) em salas de todo o país. Rodado na floresta amazônica, o longa apresenta a história de Tereza, 77 anos, obrigada a mudar-se para uma colônia habitacional criada pelo governo para idosos em fim de vida.
No caminho para o local, a protagonista decide realizar um último desejo e encontra um marinheiro enigmático vivido por Rodrigo Santoro. A personagem é interpretada por Denise Weinberg, que recebeu o prêmio de melhor atriz no Festival de Guadalajara. “A velhice não é triste quando se sabe envelhecer; é uma sabedoria”, afirma a atriz sobre o papel.
Com estreia mundial no Festival de Berlim em fevereiro, O Último Azul foi agraciado com o Urso de Prata da crítica internacional. “Chegar à Berlinale e sair de lá premiado foi emocionante; agora queremos sentir a reação do público brasileiro”, diz Mascaro.
A obra mescla elementos distópicos e fantásticos para discutir temas como envelhecimento, desejo e etarismo. Segundo o diretor, o objetivo era “mostrar um corpo feminino idoso que pulsa no presente e ressignifica a vida aos 77 anos”.
A narrativa acompanha a transformação de Tereza em meio à natureza amazônica, cenário que, para a equipe, reforça a ideia de renascimento. Para a pesquisadora Ivana Bentes, o filme se destaca pela combinação de “sofisticação estética e relevância social”.
Com distribuição nacional, o longa tem classificação indicativa de 12 anos e duração de 108 minutos.
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