Lula pede a Macron e Meloni apoio ao acordo UE-Mercosul

Lula, Macron e Meloni discutem apoio ao acordo UE-Mercosul, reforçando a importância da integração entre América Latina e União Europeia.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira (16) esperar que os chefes de governo da França e da Itália apoiem a assinatura do acordo Mercosul-União Europeia, prevista para sábado (20) em Foz do Iguaçu. Segundo Lula, o entendimento comercial só avançará se Paris e Roma deixarem de lado receios sobre a competitividade de seus produtores rurais.

“A União Europeia quer o acordo, o Mercosul quer o acordo, mas surgiu um problema. O presidente Emmanuel Macron está muito preocupado com os agricultores franceses”, disse o chefe do Executivo brasileiro. “Espero que o meu amigo Macron e a primeira-ministra Giorgia Meloni tragam a boa notícia de que não terão medo de perder competitividade para o povo brasileiro”, acrescentou.

Macron voltou a manifestar resistência durante reunião com líderes europeus nesta terça. O francês argumenta que o tratado, em vigor, aumentaria a entrada de carne bovina, carne de aves e açúcar do bloco sul-americano, setores em que o Brasil se destaca como um dos maiores exportadores globais. Parlamentares europeus também temem que, em caso de crise na cadeia agrícola local, produtos vindos do Mercosul inundem o mercado europeu.

Apesar da objeção francesa, a presidência rotativa da União Europeia — com apoio explícito da Alemanha — insiste na conclusão do pacto ainda em 2025, após mais de duas décadas de negociações. A presidente da Comissão Europeia planeja comparecer à cerimônia no Paraná para formalizar a criação do que poderá ser a maior zona de livre comércio do mundo.

Dentro do Mercosul, Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai já deram sinal verde ao texto final. Do lado europeu, o consenso necessita de aprovação unânime entre os 27 Estados-membros. A posição italiana, liderada por Meloni, é considerada decisiva para que o entendimento avance junto ao Conselho da União Europeia.

Se ratificado, o acordo UE-Mercosul eliminará tarifas sobre grande parte do comércio entre os dois blocos, estabelecendo medidas de salvaguarda para setores sensíveis e cláusulas de sustentabilidade. O governo brasileiro avalia que a abertura de mercado ampliará a atração de investimentos e reduzirá barreiras técnicas às exportações.

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