
Marina Ruy Barbosa, com 22 anos de trajetória na televisão, aceitou viver Suzane von Richthofen na série “Tremembé”, produção da Prime Video centrada na penitenciária paulista que abriga alguns dos crimes de maior repercussão do país. Condenada a 39 anos e seis meses pelo assassinato dos pais em 2002, Suzane é descrita pela atriz como “extremamente fria, calculista e manipuladora”.
O novo trabalho marca a primeira grande personagem de Marina desde o término do contrato de exclusividade que manteve com a TV Globo por duas décadas. Aos 30 anos, ela afirma que o papel representa a busca por desafios fora do formato tradicional das novelas.
Segundo a atriz, o convite foi motivado pelo desejo de surpreender o público ao escolher um projeto “inesperado” e distante de seus papéis anteriores. “Minha vontade é mostrar que estou disposta e em busca de projetos inesperados”, declarou em entrevista publicada pelo jornal O Globo.
Para compor Suzane von Richthofen, Marina não teve contato direto com a criminosa. A preparação foi baseada em registros jornalísticos e em pesquisas conduzidas pelo escritor e jornalista Ullisses Campbell, autor de reportagens sobre o caso. O distanciamento, conta a atriz, ajudou a manter o foco estritamente dramático. “O grande desafio foi deixar fora do set meus sentimentos, opiniões e pudores”, afirma.
Na trama, a série “Tremembé” retrata o cotidiano da penitenciária feminina e destaca figuras conhecidas nacionalmente, entre elas Suzane. Produção, elenco e data de estreia ainda não foram divulgados pela plataforma de streaming.
Sobre a mudança de rumo na carreira, Marina Ruy Barbosa considera o fim da exclusividade com a Globo uma oportunidade para ampliar horizontes: “Não foi o fim de uma relação e, sim, de uma exclusividade. Hoje posso experimentar novas possibilidades”, explica. Para ela, chegar aos 30 anos significa “costurar novas camadas” à própria trajetória sem abandonar conquistas anteriores.
A participação de Marina na série reforça o interesse crescente de serviços de streaming em narrativas baseadas em crimes reais e deverá reacender o debate sobre o caso Richthofen, um dos mais emblemáticos da crônica policial brasileira.
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