Mercado corta previsão do IPCA para 4,46% e alcança meta

Instituições financeiras reduziram a previsão da inflação oficial de 2025 para 4,46%, segundo o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (17) pelo Banco Central (BC). A nova estimativa coloca o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) dentro do intervalo de tolerância da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), cujo limite superior é 4,5%.

A revisão veio após o resultado de outubro, quando o IPCA avançou 0,09% — a menor variação para o mês desde 1998, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com o dado, a inflação acumulada em 12 meses recuou para 4,68%, primeiro resultado abaixo de 5% em oito meses.

Para os anos seguintes, o Focus manteve as projeções em 4,2% para 2026, 3,8% para 2027 e 3,5% para 2028. A meta central fixada pelo CMN é de 3%, com margem de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Taxa Selic e cenário de juros

Apesar da desaceleração dos preços, o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a taxa básica Selic em 15% ao ano na reunião do início do mês. O colegiado sinalizou que pode voltar a elevar os juros caso considere necessário para garantir a convergência da inflação à meta. “O ambiente externo segue incerto, o que exige cautela na condução da política monetária”, informou o BC em comunicado.

No cenário projetado pelos analistas, a Selic deve terminar 2025 no atual patamar de 15% ao ano, recuar para 12,25% em 2026, cair a 10,5% em 2027 e atingir 10% em 2028.

Desempenho do PIB e câmbio

O mercado manteve a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2,16% para 2025. Para 2026, a expectativa é de expansão de 1,78%, seguida de 1,88% em 2027 e 2% em 2028. No segundo trimestre de 2025, a atividade avançou 0,4%, sustentada principalmente pelos setores de serviços e indústria.

A projeção para a cotação do dólar ficou em R$ 5,40 ao fim de 2025, subindo para R$ 5,50 no encerramento de 2026.

Segundo economistas, a combinação de alívio nos preços de energia elétrica em outubro e menor pressão de demanda contribuiu para a revisão da previsão da inflação. Embora comemorando o recuo, eles avaliam que a política monetária deve permanecer restritiva. “A inflação segue acima do centro da meta e exige vigilância”, afirmou o BC no comunicado pós-Copom.

CURTA NOSSA PÁGINA NO FACEBOOK!

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será divulgado.


*