Miguel Falabella levou ao Festival de Cinema de Gramado o longa-metragem “Querido Mundo”, produção que marca o seu retorno à direção de cinema e adapta a peça homônima escrita por ele e por Maria Carmen Barbosa em 1993.
Durante coletiva de imprensa no evento gaúcho, o ator, diretor e dramaturgo classificou o filme como sua obra mais voltada ao lirismo até agora. “Eu vou de Pasolini a K-Pop, eu me interesso por tudo e jamais posso fugir do que eu sou”, declarou Falabella, ao explicar o amplo leque de referências que influenciaram o projeto.
“Querido Mundo” conta com trilha sonora de Plínio Profeta, concebida em estilo que remete às composições de Nino Rota, parceiro habitual de Federico Fellini. A narrativa gira em torno de uma história de amor pontuada por humor inesperado e pelo símbolo recorrente das ruínas — materiais e afetivas — que cercam os personagens.
No enredo, a queda de uma ponte em noite de tempestade aproxima Elsa, interpretada por Malu Galli, e Oswaldo, vivido por Eduardo Moscovis. O episódio desencadeia encontros que conduzem a trama e expõem marcas deixadas pelo passado dos protagonistas.
Além da passagem por Gramado, Falabella se prepara para voltar às novelas como integrante de “As Três Graças”, de Aguinaldo Silva, prevista para a programação da TV Globo. Questionado sobre a conciliação entre televisão e cinema, ele afirmou que falar diretamente “ao coração do público” continua sendo seu objetivo, independentemente do formato.
“Querido Mundo” ainda não tem data de estreia comercial, mas a exibição no festival consolida a retomada de Falabella à direção cinematográfica, quase três décadas depois da primeira montagem da peça que inspira o filme.
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