
A mudança do príncipe William e de Kate, princesa de Gales, para a residência Forest Lodge, em Windsor, há cerca de um mês, provocou insatisfação entre parte dos habitantes da região. Vizinhos afirmam que a chegada do casal e dos três filhos – George, 12 anos, Charlotte, 10, e Louis, 7 – resultou em restrições a áreas públicas antes abertas ao uso cotidiano.
Segundo relatos publicados pelo jornal britânico The Mirror, aproximadamente 60 hectares de campos de carvalhos no Great Windsor Park foram fechados para garantir privacidade e segurança aos príncipes de Gales. Placas de “entrada proibida”, novas cercas, câmeras de vigilância e patrulhamento policial mais intenso passaram a compor a paisagem.
Moradores também apontam a construção de uma barreira de 3,7 quilômetros em torno de Forest Lodge, impedindo a circulação nas proximidades da mansão avaliada em cerca de 13 milhões de euros (aproximadamente 80 milhões de reais). O imóvel, reformado com recursos do rei Charles III provenientes do erário, fica dentro dos extensos jardins do parque.
Uma residente que vive na localidade há 15 anos declarou que o bloqueio a trilhas alterou sua rotina diária. “É claramente um ato egoísta permitir o fechamento de uma enorme quantidade de terras públicas, esperar que outras famílias sejam despejadas e aumentar os custos públicos para que tenham segurança”, disse ela ao Mirror. Em outra afirmação, a mesma moradora comparou a situação a “fechar o Regent’s Park em Londres e alegar que não faz diferença porque ainda existe o Hyde Park”.
Em setembro, o descontentamento motivou um protesto organizado por habitantes de Windsor, que reivindicavam o restabelecimento do acesso às áreas verdes. Até o momento, não houve resposta oficial do Palácio de Kensington sobre as queixas.
Antes de Forest Lodge, o casal real morava em Adelaide Cottage, também em Windsor. Antes disso, residiu em um apartamento no Palácio de Kensington, em Londres, e em Anmer Hall, em Norfolk. A escolha atual, segundo assessores do Palácio, foi orientada pelo desejo de aproximar a família da natureza e ampliar a privacidade.
A mudança, porém, continua gerando debate entre residentes, que cobram reconsideração das restrições impostas e questionam o impacto do novo esquema de segurança na circulação pelas terras do Great Windsor Park.

Faça um comentário