
No último domingo (14), um tiroteio durante um evento judaico na praia de Bondi, em Sydney, Austrália, resultou na morte de 16 pessoas e deixou cerca de 40 feridos. Em resposta ao ataque, moradores da região se mobilizaram na segunda-feira (15) e formaram longas filas em um banco de sangue, esperando até duas horas para realizar doações em apoio às vítimas.
Detalhes sobre os Suspeitos
O comissário de polícia de Nova Gales do Sul, Mal Lanyon, informou que os autores do crime eram pai e filho. O pai, de 50 anos, foi morto pela polícia durante a ação. Ele possuía licença para porte de armas, e todas as suas armas foram apreendidas. O filho, de 24 anos, também foi baleado, mas sobreviveu e encontra-se em estado crítico, embora estável.
Reações do Governo Australiano
O primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese, anunciou que irá endurecer as leis sobre armas de fogo no país. Em sua declaração, ele classificou o ataque como “um ato de pura maldade, antissemitismo e terrorismo”. Albanese enfatizou que a Austrália não será dividida pelo ódio e que a solidariedade com a comunidade judaica é fundamental.
Críticas de Líderes Internacionais
Durante uma cerimônia em Beit Shemesh, em Jerusalém, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, criticou a política do governo australiano, afirmando que ela incentiva o antissemitismo. Netanyahu acusou Albanese de não tomar medidas eficazes para proteger a comunidade judaica no país.
Reconhecimento do Estado Palestino
Em agosto, Albanese anunciou que a Austrália reconheceria o Estado palestino na Assembleia Geral da ONU, uma decisão que foi vista por Netanyahu como um incentivo ao ódio contra os judeus. Essa situação gerou um clima de tensão entre os dois países.
Reunião do Conselho de Segurança Nacional
Após o atentado, Albanese convocou uma reunião do Conselho de Segurança Nacional para discutir a situação. Ele condenou o ataque, descrevendo a maldade envolvida como “incompreensível”.
Posição do Brasil
O governo brasileiro também se manifestou, condenando o ataque e expressando “enérgico repúdio” a atos de terrorismo, antissemitismo e intolerância religiosa. Até o momento, não há registros de brasileiros entre as vítimas, e o Consulado-Geral do Brasil em Sydney está monitorando a situação, pronto para atuar em caso de emergência.
Mobilização da Comunidade
A resposta da comunidade em Sydney, com a formação de filas para doação de sangue, demonstra um forte espírito de solidariedade. A ação visa apoiar os hospitais que agora enfrentam um grande número de pacientes devido ao ataque.

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